Capítulo 13. Tudo graças ao Homem-Aranha Superior

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Homem-Aranha e Deadpool voltaram a ativa, reforçando as investigações.

Em mais uma apreensão de assaltantes comuns, ouviram algo curioso, quando Homem-Aranha comentou com um dos homens que ele pregou no poste:

— Está estranho. Ultimamente não vejo nenhum de vocês na zona leste.

Os homens se entreolharam e começaram a suar frio, o que Deadpool e Homem-Aranha não deixaram de reparar.

— Oooh... interessante — disse Deadpool, se aproximando mais dos homens, que começaram a se debater nas teias e pedir clemência. — Mas eu nem fiz nada. — Fez bico, inocente.

— Spidey, olha como eles são maus comigo — reclamou manhoso.

— Shiu, vocês.

E após a ordem do Homem-Aranha, os homens se calaram.

— Por que vocês contam o motivo de estarem evitando a região?

Apesar do Homem-Aranha falar com calma, os assaltantes viram Deadpool atrás dele, girando uma de suas katanas. A lâmina brilhava contra as luzes dos postes, e Deadpool parecia estar se divertindo, olhando para eles em uma ameaça silenciosa.

Não que ele fosse fazer qualquer coisa com eles, mas eles não precisavam saber.

E funcionou.

Logo começaram a falar e eram informações valiosas.

— Homem-Aranha, não nos leve para lá! Eu me entrego para a polícia se for preciso, aquilo é cruel demais.

— Mas aquilo o quê?

Os homens se entreolharam como puderam, surpresos. Um deles perguntou, engolindo em seco:

— Vocês não... sabem?

— Aquele maluco está criando escravos com lavagem cerebral, isso sim! Prefiro a morte!

— Não iremos levá-los para lá, mas se nos der informações sobre onde e o que exatamente está acontecendo, seria ótimo, hm?

— Vocês... irão pra lá?

— Sim? — Um olho branco da máscara do Homem-Aranha ficou maior que o outro, indicando que ele ergueu uma sobrancelha.

Os homens murmuraram e um disse para os outros:

— Bem, se eles forem resolver, o risco é deles. Talvez eles deem um jeito nessa merda toda.

Peter suava muito naquele uniforme, estava desconfortável, o aperto que antes ele estava habituado, agora sentia que o sufocava.

As teias passavam de um prédio para outro, Peter olhava tendo uma visão hiper focada e angular, acentuando o centro afinando os lados, igual visão de câmera de peixe. Depois invertia, o centro menor e as laterais maiores, dando uma visão mais periférica.

A sensação era que ele via, porém não sentia que ele era ele . Uma experiência fora do próprio corpo.

Não se reconhecia? Não reconhecia o próprio corpo como dele, sentia aquele vazio existencial e uma solidão inexplicável

Ele era ele , no mundo.

Se sua vida tivesse fim, seria seu fim particular, assim como seu nascimento. Por mais que tenha compartilhado tanto com o Octavius, não mais se sentia isolado, vendo sua vida como espectador, enquanto Octavius tinha o comando, agora nem o Octavius estava ali em sua cabeça.

Era tudo ele e só ele .

As teias prosseguiram pregando nos prédios, e seu corpo balançava no automático, mas nem sentia mover os pulsos e as mãos para ativar o lançador. Estava tão fora de si que nem percebia o movimento?

Querido Senhor PeterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora