i think i might have fallen in love, what am i to do?

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Meus dedos seguram a alça da bolsa de costas desajeitadamente, minha respiração desregulada se faz presente quando estou de volta ao lugar em que tudo aconteceu. Não havia palavras para mensurar o quanto eu estava arrependida de meus atos, e era quase como uma tortura voltar para o lugar em que tudo isso aconteceu.

Sou arrancada de meus pensamentos quando uma mão áspera toca meu ombro, o acariciando com seu polegar. Em seguida, abraça minha cintura, descansando seus beijos sobre a pele de meu pescoço.

— Vá com calma. Sem pressa. — Sussurra arrastado, continuando com seus beijos que eram mais carinhosos do que qualquer outra coisa. Curvo meu pescoço para alcançar seus lábios vermelhos carnudos. — Seu irmão ligou? — Questiona, receosa.

— Quero dizer, ele meio que tentou, mas eu recusei. — Rio nasalmente, me virando para Billie para continuar os beijos. — Não quero incomodar ninguém, não mais. Só você. — Sorrio contra nosso beijo, meu lábio inferior é mordiscado. Meus beijos descem para o pescoço alheio, minhas mãos acariciam a cintura definida de Billie.

— Você não é um incômodo. — Respondeu, levemente ofegante. Mesmo focada em seu pescoço, quase consegui ver o sorrisinho convencido em sua expressão.

— Dá pra ver. — Afasto os beijos, adentrando a casa em passos de formiga. Meus olhos ultrapassam os artefatos de costume, focando nos detalhes mais ignorantes possíveis. Seu corpo alto me acompanha, e suas mãos alcançam meus ombros, arrancando a mochila com alguns pares de roupas.

Seus beijos não poupam meus ombros descobertos por conta de um decote casual, arrancando alguns sorrisos maliciosos meus. Tiro meu telefone do bolso, checando minhas mensagens.

“Tive que viajar para Colorado para um caso de assassinato. Sinto muito não estar ai para cuidar de você, querida. Peça comida e não faça nenhuma bobagem.” A mensagem de minha mãe arranca meu sorriso do rosto, me fazendo negar com a cabeça.

— Eu acabei de tentar me matar, e ela me deixa supostamente sozinha em uma casa enorme sem segurança ou cuidado extra nenhum. Olha que mãe boa? — Gargalho tristemente, minha voz embarga de leve, o que faz Billie colocar um biquinho triste em seu rosto. A mais alta me puxa para um abraço, me alojando entre o espaço de seu pescoço e ombro.

— Eu 'tô aqui agora, princesa. — Sussurra, enquanto afaga meus cabelos carinhosamente. Descanso entre a curva do seu pescoço, deixando algumas lágrimas silenciosas escaparem. — E quanto a Agnes? Ela te ligou? Mandou mensagem? — Levei meus braços até sua cintura, rodeando-a em um abraço carinhoso. Afastei meu rosto para olhar dentre o oceano que O'Connell prendia em suas orbes.

— Tive que deixar meu celular no silencioso por conta dela. Foram tantas mensagens que eu jurei que meu telefone explodiria. — Gargalhei prontamente. Billie apenas olhou em meus olhos e sorriu. — Eu não consigo acreditar que você é minha. — Um sorriso sincronizado desenha nossas faces, sua beleza inacreditável era de fato espetacular, era como a beleza de uma supernova.

Tal explosão tão sintomática e queimante que emanava radiação por toda as proximidades, um brilho agoniante de ser assistido, e um som tão alto, mas que devido a falta da atmosfera, não podia captar. Era inacreditável, porquê era inconcebível de seu tamanho, nem céu e terra se comparam, e até mesmo aqueles mais crentes, jamais seriam capaz de acreditar que tamanha beleza era possível. Era belo, explosivo, caótica, e colorida, como deveria ser.

Sua órbita me prendia naqueles olhos azuis flamejantes. Nem mesmo a falta de gravidade faria com que eu não caísse neles – nosso calor se mistura, e juntas, formamos uma estrela em ebulição, em estado evolutivo, prestes a explodir. Uma das supernovas mais quentes, explosão de cores, desesperada para engolir qualquer vazio próximo.

Always Look Behind You. - Billie Eilish. [G!P]Where stories live. Discover now