Romancing the War | Sevmione

26 | Capturado

A reunião de equipe na tarde de segunda-feira foi moderada, para dizer o mínimo. Embora ninguém a mencionasse especificamente, ele sabia que todos estavam pensando em Charity – como poderiam não estar? Nenhum deles perguntou se ele tinha mais informações sobre a morte dela do que as divulgadas pelo ministério, mas mesmo assim alguns olhares inquietos foram lançados em sua direção. Normalmente, nada os impedia de fazer perguntas impertinentes ou desagradáveis ​​sobre qualquer coisa, mas desta vez foi diferente. Eles eram espertos o suficiente para entender que provavelmente não queriam saber mais e que, se Shacklebolt estava escondendo alguma coisa, era para sua própria paz de espírito. Apenas Minerva o deteve antes que ele pudesse chegar à porta. Ele disse a ela claramente que se ela precisasse discutir algo importante, ele poderia ficar e conversar com ela por alguns minutos, mas ele teria que encontrar Hermione para um tutoria. Ele olhou para ela longa e duramente, tentando convencê-la, por pura força de vontade, de que ela deveria deixar o assunto de lado e, finalmente, sob o peso do olhar dele, ela sorriu fracamente e confirmou que era realmente algo com o qual ela poderia lidar por conta própria.

Ver Hermione, sentada em silêncio e lendo em uma das carteiras da sala de poções, foi o bálsamo que ele precisava quando voltou da reunião de equipe. Ela sorriu para ele por cima do livro antes de guardá-lo e segui-lo até seus aposentos. Eles foram diretamente para o laboratório e, enquanto ela tirava um elástico de cabelo da bolsa que deixara cair ao lado da porta, ele de repente ficou impressionado com o vermelho e dourado brilhante de seu uniforme. Ele estava cercado por paredes brancas, armários pretos e balcões e mesas de aço inoxidável. Tudo na sala era austero e estéril – exceto ela. Se alguma vez houve uma analogia para sua vida, foi esta.

Quando ela se levantou, seu rosto estava vermelho por ter se curvado e ela estava tendo alguma dificuldade em prender o laço em volta do cabelo rebelde. Ele não pôde deixar de bufar e revirar os olhos, mas era principalmente para se exibir, e ela sabia disso. Depois que a fera foi domesticada, ele deslizou um pedaço de papel sobre a mesa para ela. Ela imediatamente começou a lê-lo e, quando terminou, começou a reunir os ingredientes e a preparar o equipamento que seria necessário. Ele recuou até a porta para observá-la por alguns minutos antes de sair, acomodando-se em sua mesa para terminar a avaliação que havia começado na reunião de equipe.

O leve corte, junto com o barulho ocasional de agitadores de metal contra o caldeirão, o relaxou como nenhum outro som, e ele gostou bastante da ideia de que Hermione estava a apenas um quarto de distância, provavelmente tão contente quanto ele com o que ela estava fazendo. Ele estava terminando a marcação quando ouviu os sinais reveladores de limpeza no laboratório. Deixando as redações de lado, ele se levantou, espreguiçou-se e entrou para ver como ela estava.

— Então, Srta. Granger, o que você preparou? — ele começou.

Ela enxugou as mãos em uma toalha e se aproximou e ficou ao lado do caldeirão.

— Acho que é um remédio para queimaduras em geral – espero que solidifique assim que esfriar.

— Correto. Para que tipo de queimaduras você pode usá-lo?

— Principalmente pequenas queimaduras mágicas – isso prolongará e absorverá a magia residual – mas também resolveria os efeitos físicos da lesão.

Ele mergulhou um dedo na gosma quente e grossa, esfregou-o entre os dedos e cheirou, fazendo uma careta ao fazê-lo.

— O que você fez com isso, Srta. Granger? — ele rosnou, olhando para ela por cima dos dedos. Foi a vez dela de sorrir. Quando ela não respondeu, ele deu outra tragada. — Lavanda — ele disse depreciativamente, continuando a olhar para ela.

— É bom para queimaduras — ela prontamente ofereceu, — e faz com que cheire bem — acrescentou ela baixinho.

— Sim, tenho certeza de que os rapazes de Hogwarts - que tendem a precisar de tratamento mais frequente para queimaduras do que suas colegas mulheres - não se importarão nem um pouco em ter um creme com aroma de lavanda espalhado sobre eles depois de se explodirem no laboratório — comentou sarcasticamente.