Imagines Mix: Vol. 2

Dry Martini (Peaky Blinders)

-Leitora X Thomas Shelby

|Esse imagine foi um pedido da hermosita _LilBaby05_, me perdoa pela demora, mas espero que goste!|

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Quando as pessoas pensavam em gangsters, com certeza elas pensavam diretamente em um tipo de luxo proibido; armas de todos os portes e calibres, guarda-costas para quem bem quisesse e entendesse, festas até as mais altas horas da madrugada e mulheres (ou homens) servidos como se fossem um maldito cardápio para um banquete ao dispor destes. Uma verdadeira vida de tentações, pecados e sinas a serem pagas sem nenhum tipo de hesitação ou problema, uma adrenalina recorrente na veia dos envolvidos nesta rotina.

Com Thomas Shelby, as coisas não eram exatamente muito diferentes; pelo menos, era o quê os outros pensavam e até mesmo o quê este gostava de pensar no seu tempo livre. Ele ainda tinha o apreço por armas de todos os tamanhos e calibres, e em suas festas sempre davam o quê falar por dias em Birmingham e em todos os seus arredores, além das infinitas bebidas que ocupavam sua adega e os convidados da mais alta classe com seus respectivos guarda-costas exemplares. Thomas ainda era um gangster como todos os outros, exceto por um pequeno detalhe: ele não precisava de um cardápio de mulheres para cada um dos dias de sua semana, ele tinha você para saciar qualquer desejo, fosse ele emocional, carnal ou o mais simples que pudesse se passar na cabeça do Peaky Blinder. Além de ser comprometido seriamente com sua pessoa, Tommy havia se tornado pai, e isto é um marco que muda muitas coisas na vida de um homem.

Verdade fosse dita, você não imaginou que Thomas fosse ligar muito para sua gravidez ou para a chegada de um novo herdeiro dos Shelbys. Ele sempre acabava ficando muito distante por conta dos seus "trabalhos", e quando finalmente aparecia em casa, era apenas para lhe ter colada do corpo dele até que o sol raiasse e para descansar depois por algumas poucas horas, tudo antes de começar de novo seu ciclo infinito de coisas a se fazer; contudo, no momento em que sua barriga começou a aparecer e que Polly confirmou (apesar de não ser exatamente necessário por motivos óbvios) que você estava esperando um bebê, você acabou por conhecer um lado doce de Tommy, um que você não tinha presenciado com muita frequência, se é que algum dia você tinha o presenciado. Tudo que envolvia o bem-estar seu e de seu bebê era de grande importância na lista de afazeres do Shelby, e se você não estava feliz com algum mínimo detalhe, o homem iria até o inferno para que isso fosse mudado o mais rápido possível. Dizer que o mesmo havia se tornado como um pai babão e um marido protetor seria mais do que um eufemismo, disso você teve certeza no momento em que Polly colocou sua filha em seus braços e gesticulou para que ele cuidasse de vocês duas, para simplificar em poucas palavras.

É claro, a chegada de um novo bebê poderia mudar muitas coisas na rotina de um gangster, principalmente de um Peaky Blinder, porém você nunca tinha colocado tal realidade à prova até aquele dado momento, naquela situação tão peculiar e certeira. Você havia levantado cedo e saído de casa para visitar Ada, um costume que você havia adquirido com o tempo de casada e "infiltrada" nos meios da família, e não esperava demorar muito, justamente pelo fato de que você tinha um bebê em casa que precisaria de sua ajuda e de seus cuidados antes de qualquer outra coisa que pudesse importar no mundo e naquela cidade; contudo, as conversas com Ada fluíram mais lentamente do que você esperava, e quando seus olhos conseguiram fitar um relógio próximo, já era quase a hora do almoço em sua casa, e você tinha noção de que os empregados tinham coisas mais importantes para fazer do quê vigiar sua filha por você, já que o pai dela provavelmente já estava muito ocupado com qualquer merda que ele estivesse se ocupando naqueles tempos.

De modo afobado, você fez seu caminho pelos degraus da entrada de sua casa apenas pensando em como sua pequena estava chorando, com saudades e precisando do seu carinho com extrema urgência; quando você entrou no cômodo grande do "salão", no entanto, você foi recebida com nada além do mais puro silêncio, cada um de seus empregados seguindo com seus afazeres e seus dias como se nada estivesse acontecendo, não havia nenhum sinal de seu marido ou de sua filha, uma realização que fez com que seu coração começasse a palpitar mais forte, uma gota de suor frio não hesitando em percorrer pelo lado de seu rosto, se misturando com o breve cansaço que caiu por seus ombros pela correria que havia sido voltar para seu lar: