UMA MISSÃO CINCO ESTRELAS - 1° SEQUÊNCIA

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Tema: Óculos
Título: Uma Missão Cinco Estrelas
User:  ViniRibeiro090     
Autor: V.P. Ribeiro

Imagem contextualizada

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Dubai. Um oásis artificial no meio do deserto da Arábia. Uma casa para mais de cinquenta mil bilionários. Uma cidade onde o choque entre oriente e ocidente criou uma verdadeira mistura vista em nenhum outro lugar do planeta. E um lugar onde as pessoas deveriam pensar muito bem antes de falar.

Afinal, elas querem curtir a cidade, não serem jogadas nas masmorras da família real. Assim, caso as regras fossem seguidas, a cidade tornava-se um paraíso. Oras, onde mais se encontraria uma banheira cuja torneira era folheada com ouro vinte e quatro quilates?

Naquele parque de diversões para os mega ricos, James caminhava com as mãos nos bolsos de suas calças sociais em meio ao nascer do sol. Os habitantes locais procuravam sombra, os expatriados as praias criadas à beira das águas do golfo. Era o ambiente perfeito para cumprir com uma certa missão.

Ele esfregou suas mãos, ajustou os óculos, abriu os primeiros botões de sua camisa e entrou em seu carrinho popular e movido a gás, algo bem diferente das Lamborghinis, Ferraris ou utilitários esportivos estacionados nas garagens dos ricaços. Agradeceu aos óculos escuros por lhe protegerem do polimento brilhante deles sob aquele sol escaldante do verão.

Guiou seu diminuto automóvel para as ruas mais curtas e estreitas de uma cidade planejada. Diferente das áreas mais próximas da praia, das ilhas artificiais ou das avenidas margeadas pelas areias e arranha-céus que perfuravam as nuvens, a parte mais antiga de Dubai era o que lhe atraia no momento.

Os shoppings não lhe interessavam. O mundo dos souks, sim. Nada melhor que descobrir algumas joias escondidas, esperando pelos aventureiros que viriam admirá-las e explorá-las.

Pelas margens da velha cidade, via o testemunho da Velha Arábia. Os edifícios de gesso e coral minuciosamente restaurados à sua glória original, completos com torres de vento icônicas que lançavam uma silhueta contrastante ao horizonte moderno da cidade.

Estacionando após constatar que seria impossível passar até mesmo com seu carrinho de dois lugares, ele se olhou no espelho para ajeitar o cabelo loiro, nuca batida com um leve topete. Treinou duas vezes o sorriso esbranquiçado e genuíno antes de respirar fundo e seguir conforme a música.

Deixou o terno no carro e caminhou languidamente pelos becos e vielas daquela área histórica. Sentiu o cheiro salgado das ondas e como era interessante a resistência das casas e prédios às areias do tempo...

Por um efêmero momento, escutou o rugido característico de motos.

Tensionou. Placas bem flamejantes proibindo-as estampavam as paredes dos becos. Se alguém queria enfrentar a força do xeique. Riu de deboche, afinal ninguém escapava do estado policial da cidade.

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