UM FASCINANTE MISTÉRIO - 2° SEQUÊNCIA

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Tema: Demônios
Título: Um Fascinante Mistério/ Sequência de Uma Missão cinco estrelas
User: ViniRibeiro090
Autor: V. P. Ribeiro

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Era apenas um encontro entre dois amigos

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Era apenas um encontro entre dois amigos. Dentro do maior arranha-céu na Mônaco do Oriente Médio, James Murphy degustava um dos pratos típicos da região. Não queria se lembrar do jantar de ensaio com a família de sua futura mulher, então nada melhor que se distrair com trabalho. Adorava o glamour, a sofisticação e a alegria de misturar negócios com prazer. Cerrou os olhos, deixou os óculos de grau cair sobre a ponta do nariz e saboreou a tranquilidade. Precisava muito disso, cansou de escutar as vozes, em falsete, de Alina. Suspirou, fatigado. Ao abrir os olhos, contudo, uma pequena mulher havia sentado na cadeira outrora usada por seu sócio. Não era qualquer mulher. Seus olhos oblíquos, dissimulados e encantadores lhe encaravam de forma alegre.

O sobretudo de couro amarrado a cintura ocultava as belas curvas de seu corpo magro e atlético. Resignou-se a cortar seu bife quando reconheceu os cabelos ondulados e as cores castanhas de seu encarar.

- Acredito que você não conhece o conceito de nunca mais, não é mesmo, Esmeralda Martins?
- Acho que somos amigos o suficiente para nos chamarmos por apelidos, não James Murphy? - O sorriso leve, debochado e alegre iluminava sua pele morena-clara. - Pode me chamar de Esme.

- Então me chame de James. - Ele cortou mais um pedaço suculento do prato e o levou a boca, mastigando lentamente. A mulher a sua frente era um problema que queria evitar. - O que está fazendo no Burj? Não me diga que vai assaltar alguém, por favor.

- Sou uma agente, não uma ladra. - Esme bufou e passou os cabelos para trás, retirando do pulso um elástico e amarrando os cabelos em um rabo de cavalo alto. - Vim resolver um crime.

- Boa sorte. - Apontou com o queixo para o lado. - Lhe desejo uma boa-noite, mas eu tenho negócios para resolver.
- Eu também. - Ela revirou os olhos e recostou-se na cadeira. - O último antes de pegar o primeiro voo para o Rio. - James arqueou uma cínica sobrancelha. - Rio de Janeiro. - Elucidou.

- Então é brasileira. - Não foi uma pergunta, sim uma constatação.
- Pensou que eu fosse o que?
- Argentina. - Não a encarou, mas sentiu um ardor furioso vindo em sua direção. Se o esporte fosse algum indicativo, brasileiros e argentinos eram bastante rivais.
Segurou uma gargalhada.

- Ao menos melhorou seu vocabulário de ofensas. - Esme respirou fundo e olhou em volta. O restaurante era completamente top de linha, digno de estar no topo de inúmeras listas gourmet e com um cardápio mais caro que os lugares mais badalados da Europa e América.
James tentou não rir, algo bem impossível ao vê-la lançar o menu para longe da mesa, resmungando algo sobre dinheiro. Aquilo confirmou sua desconfiança: Esme não tinha o costume de andar por corredores luxuosos.
Parecia odiar o mundo dos ricos, poderosos e que faziam do planeta um parque de diversões.

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