𝐀𝐎𝐈 tinha o péssimo habito de falar mais do que deveria, o que sempre deixava brechas para pessoas se aproveitarem dela. Não era novidade nenhuma para ninguém que, graças a individualidade de Aoi, ela fosse capaz de enxergar o fio vermelho do des...
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SÁBADO FELIZ
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Eu odiava os finais de semana. Pessoas normais tem a tendência de adorar, já que é o único momento onde podemos esquecer por um tempo das obrigações e apenas relaxar um pouco. Mas a verdade é que nos finais de semana eu não tinha uma válvula de escape dos meus pais e era forçada a conviver com eles. Não tinha a escola para aliviar meu estresse e a vontade de desaparecer. Eu tinha que constantemente aguentar eles me olhando com desgosto e fazendo comentários sobre o como eu tinha definitivamente acabado com a família ao decidir ser uma super heroína e acabar com o negócio deles em ascensão. Agora eles não podiam mais me usar como gostariam, e claro que isso não deixava nenhum dos dois felizes.
Sendo honesta, eu achava uma piada bem cruel do destino eu ter a individualidade que tinha sendo que cresci em uma casa desprovida de amor. Como minha individualidade era relacionada a isso, aos sentimentos, sendo que eu nunca tive bons exemplos ou soube de verdade o que era amar alguém? Tudo o que eu conheço com perfeição são os sentimetos mais ruins que se possa imaginar porque, acredite, eu já senti cada um deles incontáveis vezes. Quando mais nova, eu só queria ser capaz de sumir, desaparecer, e isso era ridículo. Me perguntava o porque meus pais não podiam ser como aqueles casais bonitos e cheios de amor um pelo outro que costumavam vir buscar saber sobre as almas gêmeas; me perguntava o porque eles tinham que ser tão ruins um para o outro.