𝐀𝐎𝐈 tinha o péssimo habito de falar mais do que deveria, o que sempre deixava brechas para pessoas se aproveitarem dela. Não era novidade nenhuma para ninguém que, graças a individualidade de Aoi, ela fosse capaz de enxergar o fio vermelho do des...
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CORAÇÃO PARTIDO
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Os dias que se seguiram foram meio que um borrão pra mim. Me impressionava eu ter passado e tirado minha licença provisória quando minha mente parecia mais pesada do que nunca. Bakugo e Todoroki já não tiveram exatamente essa sorte, pois tinham sido reprovados e agora teriam que fazer uma espécie de curso pra conseguirem tirar a licença. Mas eu não estava pensando nisso; nem no como eu até que tinha me saído muito bem na prova e conseguido superar meus problemas com maestria. Como eu não o faria, de qualquer forma, se estive ao lado de Poppy o tempo todo enquanto conquistavamos aquilo juntas?
Ainda assim, eu sentia que tinha um vazio dentro de mim que nem mesmo a felicidade por ter dado mais um passo como heroína poderia preencher. Comemorar aquilo sabendo que Kirishima não lembrava de nós dois não parecia certo e nem mesmo era tão bom assim. Mesmo que nos últimos quatro dias desde que tudo deu errado eu tenha tido felicidades momentâneas, sempre passavam quando eu me lembrava que não importava o que eu fizesse, Kirishima não lembrava quem eu era ou o que eu significava pra ele. Ou sobre tudo o que a gente tinha passado juntos. E, nossa, doía como o inferno.
Eu não percebi que tinha começado a me isolar logo depois de tirar a licença provisória. Aizawa tinha me dito que eu não podia me permitir surtar antes de fazer aquela prova, então logo depois que aquilo acabou e eu passei, a primeira coisa que eu fiz não foi ficar imensamente feliz por poder finalmente atuar como super heroína, mas sim foi chorar porque sentia que tudo estava terrivelmente errado e eu não soubesse como colocar as coisas de volta no lugar. Como eu fazia tudo voltar a ser como antes se para Kirishima nunca nem mesmo tinha existido nós dois? Eu fiquei na expectativa de que com o passar dos dias o efeito daquela individualidade que despertou logo nele fosse sumir, mas não tinha. Ele ainda estava bem apaixonado por Mina e sem nem ideia de quem eu era. E sinceramente, era uma merda de ver aquilo. Eu não queria nem mesmo sair do quarto, porque toda vez que saia, precisava enfrentar uma realidade que só servia pra machucar a porra do meu coração idiota.