𝐀𝐎𝐈 tinha o péssimo habito de falar mais do que deveria, o que sempre deixava brechas para pessoas se aproveitarem dela. Não era novidade nenhuma para ninguém que, graças a individualidade de Aoi, ela fosse capaz de enxergar o fio vermelho do des...
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FESTIVAL ESPORTIVO
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Apesar de meu foco naquelas semanas ter sido em ficar tentando descobrir mais sobre Shigaraki Tomura, minha mãe e o como tudo isso estava conectado a mim, seria mentira se eu dissesse que não tinha treinado meu físico e minha individualidade para participar do festival esportivo. Tudo o que eu menos queria, era acabar ficando para trás ou passar vergonha na frente de milhares de pessoas e em rede nacional. Então, entre uma coisa e outra, treinei até não aguentar mais. Era bom, pois isso também fazia eu me distrair o suficiente da minha vida caótica, me fazendo esquecer pelo menos por um tempo toda a merda que estava acontecendo. A verdade é que eu estava fugindo de um confronto direto com minha mãe, mas sabia que não conseguiria fazer isso para sempre.
Os dias passaram rápidos como um raio e o clima de rivalidade entre todos chegava a ser palpável. Claro que não havia uma alma viva que não estava ansiosa para o festival esportivo. Não cheguei a falar com mais ninguém que não Poppy, Kirishima e Bakugo. Às vezes, raramente, dizia algo para Todoroki já que de uma forma meio estranha acabamos nos aproximando. Era a família de merda, eu tinha certeza, isso unia pessoas! Nem que fosse pra dividir um soba, que era basicamente a única coisa que fazíamos juntos já que ele era péssimo em se comunicar com os outros. Não que eu me importasse muito quando eu também era um horror em fazer amizade com as pessoas.
Ter formado aquele grupo estranho com Kirishima, Poppy e Bakugo ao mesmo tempo que foi algo bom, já que agora eu tinha alguém para me ajudar a descobrir que tipo de merda minha vida era, também tinha sido ruim. Quer dizer, como eu conseguiria me afastar de Kirishima quando parecia que a cada dia que passava ficávamos mais e mais próximo graças ao grupo inusitado que nos tornamos? Mesmo que eu fosse ótima em arrumar desculpas para não ficar sozinha com ele, até mesmo quando não estávamos só eu e Kirishima meu coração estúpido insistia em ter alguma reação idiota quando ele sorria pra mim. Eu não queria sentir essas coisas, mas parecia que meu próprio corpo me traía! Não era justo! Eu nunca pedi pra conhecer minha alma gêmea, e agora parece que o universo me obriga a ficar perto dela. Mas que merda do caralho!
