𝐀𝐎𝐈 tinha o péssimo habito de falar mais do que deveria, o que sempre deixava brechas para pessoas se aproveitarem dela. Não era novidade nenhuma para ninguém que, graças a individualidade de Aoi, ela fosse capaz de enxergar o fio vermelho do des...
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OBRIGADA
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Eu estava me sentindo péssima. Acho que depois de ter todas as minhas inseguranças expostas daquela forma pelos meus pais e logo para Kirishima, foi como se uma parte muito importante de mim tivesse se partido para valer. Apesar de não querer, sentia as lágrimas de raiva descendo pelas minhas bochechas enquanto eu andava rapidamente pela rua, desejando poder sumir do mundo. Eu me sentia envergonhada e ao mesmo tempo derrotada. Todos os meus esforços para tentar esquecer sobre o akai ito e não deixar isso definir minhas amizades e quem eu era tinham servido para nada. Achei que entrar para U.A fosse finalmente me permitir ser uma outra pessoa, mas claro que meus pais iam colocar tudo a perder por conta de sua própria ganância cruel.
E meu coração doía de uma forma absurda. As pessoas que mais deveriam me proteger eram o verdadeiro motivo para eu me sentir dessa forma. Meus próprios pais! Eles sequer se importavam comigo, não o suficiente. Às vezes eu só queria que eles me amassem. Se eu não conseguisse ver o akai ito, se minha individualidade não tivesse nada relacionado a sentimentos como o amor, será que assim eles iam me amar de verdade? Será que me veriam como algo além de uma espécie de fonte de renda?
Eu estava tão perdida em pensamentos ruins que não senti a aproximação até meu braço estar sendo segurado. Soltei um grito pelo susto que tomei, me virando rapidamente com o punho erguido. Mas Kirishima conseguiu desviar a tempo de levar um soco, e meu coração deu um salto ao se deparar com o garoto de olhos vermelhos. Aquilo era tudo o que eu menos precisava naquele momento; encarar Kirishima depois de todas as merdas que meus pais tinham me dito e tinham dito para ele, eu não mereço tanta merda!