Capítulo 28: Vasos de girassóis.

2.5K 450 48
                                    

—Aquele é o quarto do Jason, no final do corredor. —Kyara gesticulou em direção a porta do outro lado do corredor, antes de caminhar até a que estava na nossa frente e a abrir. —Esse é o seu e de Will. Ele ainda está conversando com a Lou, mas me pediu para mostrar o lugar.

Entrei no quarto atrás dela, parando subitamente ao encontrar um quarto imenso, todo iluminado pela luz do sol que entrava pelas janelas e pela varanda aberta. A cama estava arrumada, os armários de madeira davam um ar elegante ao lugar, além dos vários vasos de girassóis e outras flores que estavam por ali, em cada canto, colorindo tudo.

—Will pediu por isso. —Kyara ajeitou um vaso de girassóis, enquanto eu ainda observava tudo, com o meu coração martelando no peito. —Disse que você gostava muito de flores. Mais tarde peça para ele mostrar a você os jardins que ficam na direção do deserto. Tenho certeza que você vai amar.

—Tudo aqui é assim? —Indaguei, gesticulando para a varanda e para as janelas. —Tão claro?

—O Clã Huxley é muito sombrio, não é? —Ela sorriu, negando com a cabeça. —Sim, tudo aqui é assim. Gostamos de luz do sol, de ver o dia passando e a noite reinando, então temos janelas e varandas por todo canto. Até nas cavernas inferiores, dentro do vale, tentamos deixar mais iluminadas.

—Acho que gosto disso. —Afirmei, tocando as folhas amareladas do girassol que formavam a flor.

—Bem, tenho que ir agora. Mas você é parte do clã, pode andar por onde quiser e ir aonde quiser. Will não deve demorar. —Ela gesticulou para as portas no canto do cômodo. —O closet já está cheio. Se não gostar de algo, só me dizer que resolvemos isso mais tarde. A outra porta é a da banheira.

—Tudo bem. Obrigada, Kyara. —Falei, caminhado em direção ao closet, curiosa pra saber o que iria encontrar lá. Kyara, Lou e as outras vampiras que eu vi pelos corredores usavam vestidos, então não me surpreendi quando encontrei o closet repleto deles, com as cores mais variadas possíveis e em todos os tipos de tecido.

Abri um sorriso, deslizando a mão pelos tecidos dos vestidos, enquanto saia do closet e ia para o cômodo adjacente. Acho que eu iria gostar muito de morar ali.

[...]

Afundei o rosto na água morna da banheira, molhando todo meu cabelo. Quando voltei, limpando a água do rosto e dos meus cabelos, encontrei Will escorado no batente da porta, com os braços cruzados na frente do peito enquanto me observava com muita intensidade.

Passei os segundos absorvendo a imagem dele ali, enquanto me lembrava de quando ele apareceu na minha pequena e estranhamente aconchegante caverna. Ele parecia mais bonito ali, com toda aquela luz do sol infiltrando o cômodo e iluminando seu rosto neutro e seus olhos imensos, que brilhavam na minha direção, queimando minha pele.

—Gostou do quarto, girassol? —Indagou, com um tom carinhoso na voz que quase me fez derreter dentro daquela banheira.

—Sim, obrigada por pedir as flores. —Afirmei, vendo ele se desencostar do batente e caminhar na direção da banheira, na ponta oposta a mim.

Ele se abaixou naquela extremidade, com os lábios se repuxando em um sorriso, antes de acenar para que eu fosse até ele. Com a respiração se prendendo na minha garganta, fiquei de joelhos, fazendo a água ao meu redor se movimentar e meus seios saírem para fora da água. Minha pele se arrepiou com o ar gelado, enquanto eu via a respiração de Will falhar a medida que eu me aproximava dele.

—Temos que sair em alguns minutos. —Murmurou, bebendo todo meu corpo com os olhos, enquanto eu segurava na borda da banheira e erguia o queixo, deixando meu rosto próximo ao dele.

Nossas respiração se cruzaram e meu corpo estremeceu, ansioso para o toque das mãos dele, para sentir seu gosto e seu cheiro. O laço queimou entre nós quando Will ergueu a mão e jogou meus cabelos para trás do meu ombro, deslizando os dedos pela minha pele, deixando um rastro de fogo por todo meu corpo.

Arqueei a cabeça pra trás, deixando meu pescoço mais próximo dele, enquanto meu corpo queimava de dentro pra fora. Seus dedos deslizaram até minha clavícula, me fazendo fechar os olhos e morder o lábio quando minha pele se arrepiou, lançando uma eletricidade deliciosa até a parte mais quente do meu corpo.

—Não temos muito tempo. —Proferiu, muito lentamente, com a respiração rápida beijando minha pele, como se quisesse lembrar ele mesmo e não a mim.

Seus dedos chegarem até meus seios, deslizando pela pele úmida até o bico enrijecido. Gemi, erguendo a mão e agarrando os ombros dele. Will aproveitou aquilo para me erguer, me tirando da banheira e deixando um rastro de água pelo chão, enquanto suas roupas eram molhadas pelo meu corpo, quando minhas pernas passaram ao redor do seu quadril e ele me pegou no colo.

—Temos que ser rápidos. —Afirmou, me levando até a cama, enquanto eu abria os botões da sua camisa de forma rápida e necessitada, precisando muito do contato da pele dele contra a minha. Não consegui dizer nada, apenas concordei com a cabeça, sentindo as mãos dele deslizando pelas minhas coxas e apertando minha pele.

Will me colocou sobre a cama, puxando a própria camisa por cima da cabeça. Ele jogou ela do outro lado do quarto, trazendo a atenção para todo meu corpo nu e molhado sobre a cama. Meu peito subia e descia, com seus olhos queimando a minha pele, me encarando como se eu fosse a coisa mais linda e preciosa do mundo.

Deslizei minhas mãos pelos seus braços quando ele começou a se deitar sobre mim, ficando entre minhas pernas, com a calça impedindo nosso último contato. Mas não me importei muito com isso no momento, quando só lábios dele finalmente tocaram os meus, abrindo, explorando e misturando nossos gostos. Fechei meus olhos e apreciei o contatado do corpo dele contra o meu, a pele do seu peito esmagando meus seios quanto mais necessitado o beijo ficava.

Mas então ele se afastou, mordendo meu lábio e me olhando com possessividade, necessidade e desejo. Seus dedos se enroscaram nos meus cabelos úmidos até ele segurar minha nuca, puxando meu rosto de forma brusca e agressiva para trás, deixando meu pescoço exposto e arrepiado.

—Vamos ver o quão doce você é, princesa. —Arfei, fechando meus olhos com força e cravando minhas unhas nos ombros de Will, quando ele mordeu meu pescoço, gemendo ao sugar meu sangue com muita avidez, fazendo o laço queimar ainda mais entre nós.



Continua...

Laços de Sangue e Poder / Vol. 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora