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Lobão 🐺

Maluca desceu e me deixou no escuro. Tava atento a qualquer parada, mas fiquei na minha e dei o voto de confiança nela. Fiquei na estreita e tava suave o corredor.

Fui palmeando e cheguei da janela, vi os cara chegando com três carros e fiz o meu. Kaue me viu e eu dei o sinal pra ele, que apontou com a cabeça pro banheiro do andar de baixo.

Adiantei meus passos, com a muleta e joguei a mochila e a roupa da Bruna nas costas, desci e não tinha nenhum pela área.

Entrei em um dos banheiros do corredor, que tinha uma janela maior e abri. Pulei e o K3 fez a cobertura. Os cara tava tudo do outro lado, entrei no carro e o pneu saiu cantando.

Lobão : Da o toque pros cara de trás achar o canto e esperar a Bruna. -Falei, mas eu mermo peguei um dos rádios e dei o aviso. -Da meia volta e espera a Bruna, tão entendendo? Ninguém sobe pro morro sem ela. Procede o

Vi que deram ré no bagulho e estiquei minha perna. Encostei minha cabeça e suspirei. Tirei a blusa do corpo e joguei em qualquer canto ali.

K3 : Cadê a Bruna, pô? -Perguntou, acelerando o carro e eu neguei com a cabeça.

Lobão : Nem eu sei. Me deixa no pé do morro e volta pra pegar ela, ta entendendo? -Passei a mão no rosto. -Ela é louca, cara. Você não tem noção da parada. -Falei e olhei pela janela, preocupadão, papo reto.

Cheguei no morro e o K3 desceu comigo, falei que ia direto pra boca e que queria fazer contato com os cara que ficaram atrás dela. Me ligaram e deram o papo que ela não tava mais no hospital, passou maior tempo e a Daniela entrou na salinha.

Daniela : Lobão. -Falou rápido. -Tô tentando falar contigo, mas não tavam me deixando entrar. -Colocou a mão sob o peito. -A Bruna me ligou, cara. -Fiquei atento. -Disse que levaram ela pra delegacia, me chamando de amor, eu não entendi. Mas disse que você precisava saber.

Já liguei pros cara e armei a tropa pra descer. Deu nem cinco minutos e o celular dela tocou de novo.

Bruna 🎡

Me fizeram uma série de perguntas, e eu precisei responder absolutamente todas. Já tava ficando preocupada e neurótica naquele lugar, e disseram que eu precisava conversar com o delegado.

-A senhora foi muito importante, pra nossa arrecadação de informações. -Falou e eu reparei na postura dele. -Nós temos muita denúncias, desse Lobão, muitas! Porém não temos nenhuma foto ou documento preciso dele. Se a senhora pudesse contribuir, para o desenvolvimento da nossa missão...realizar um retrato falado.

Eu sorri por dentro e concordei, cruzei as minhas pernas e aguardei o outro oficial, que chegou com uma pasta.

-Ele era baixo, pelo que parecia. Menor que eu, um pouco...eu não consegui prestar atenção em muitos detalhes, mas aparentava ter uma tatuagem, no rosto. -Menti. -Tinha uma cor pálida e pouco cabelo.

Terminei as informações e assim que ele mostrou o desenho eu mostrei com a minha maior cara de pau.

Ele me liberou e eu pedi pra ligar pro meu marido outra vez. Assim eu fiz e em menos de trinta minutos eu vi o Levi entrar pela porta da frente, sorri aliviada e agradeci os policiais pelo apoio.

Levi : Patrão deu a ordem pra te levar pro apartamento da Barra. Em suspeita dos cana seguir, só por hoje. -Confirmei, mesmo que irritada com a situação.

Ele subiu comigo e me mostrou as coisas. Deixou minha mochila e o meu celular, falou que eu podia pedir o que quisesse, que o Lobão iria bancar a conta.

Tomei um banho e vesti uma roupa, pedi japa e fiquei quietinha na minha, pensando em tudo enquanto assistia tv. Lobão me mandou uma mensagem e eu peguei o meu celular pra responder.

Ele perguntou o que havia acontecido e eu respondi, em áudio. Logo depois m seguida foi chegando uma série de mensagens dele.

"você é diferenciada, loira"
"mas é isso ai, mais uma vez tu salvando minha pele e eu ficando mais longe de te merecer."
"não vou render assunto aq, deixa pra quando a gente se ver pessoalmente."

Respitei fundo e desliguei o celular, terminei de assistir o que passava e dormir no sofá mesmo.

Vivência [M] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora