33 | Écarté

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Oi, oi, faccionáries!!! Todo mundo bem? 🥺 Saudades de vocês!

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Oi, oi, faccionáries!!! Todo mundo bem? 🥺 Saudades de vocês!

Ouvindo muito Indigo? Juro, esse álbum é minha nova obsessão, mas arrependida de ter lido a letra de três das músicas e deixando pra ler a das outras quando eu estiver de férias porque haja choro, juro :')

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!

#EstrelandoOCoadjuvante

»»🩰««

 Jimin nada disse por um instante, surpreso. A quietude, porém, deixou Jungkook branco como papel. Queria fugir dali, ao mesmo tempo que não. Sem saídas, afundou o rosto ainda mais no peito do namorado que respirou fundo e pediu:

— Me explique melhor, por favor? Que processo judicial?

E Jungkook explicou, entre soluços sofridos e torrentes fortes de injustiça e desamparo. Não queria ter chegado aos dezoito, não mesmo. Queria ser menor de idade e apenas ter os pais ausentes; não os pais ausentes e prestes a abandoná-lo. Bem, ao menos seguiria as instruções dadas pela mãe.

Jimin notou-se com lágrimas nos olhos, mesmo tentando conter toda aquela melancolia acariciando as costas largas, porém frágeis e tensas de Jungkook. Enfim entendia, entendia Jungkook enclausurado em confusão nas últimas duas semanas. Entendia a forma como ele o levou para dentro do quarto frio e distante, desafiador, querendo provar algo a si; entendia não ter conseguido sustentar aquela vontade, desatando em choro. Entendia, sim, toda a raiva tristonha, todos os questionamentos de por que não era amado. E, por mais teorias que Jimin tivesse tecido sobre a situação, nenhuma era tão grave quanto a realidade.

Quando Jungkook proferiu a última palavra necessária para dar vida àquela catástrofe a Jimin também, erguendo paredes de indiferença e decorando-as com artefatos caros, mas sem valor; acomodou-se em seu lugar no teatro, como Sofá D. E Sofá D, naquele instante, estava muito triste. Talvez fosse a única particularidade dele: ser um móvel que chorava.

Silêncio tomou a cena. Jimin hesitava cada passo que pudesse dar nela, temia suas falas não ensaiadas, temia partir Jungkook com sua opinião. Pela primeira vez, estava aterrorizado com a responsabilidade de conversar com Jungkook, sempre tão aberto e curioso.

Então, respirou fundo e tirou uma das mãos das costas de Jungkook para esfregar o próprio rosto. Era difícil, muito difícil. Queria ter mais tempo para amadurecer as ideias e as palavras; mas, se fosse falar, o resto do dia e domingo seriam necessários para Jungkook digerir. Esperava poder ficar ao lado dele, ao menos.

— Gracinha... — Jimin murmurou, em seu tom mais manso. — Não tenho certeza se essa reunião com seu pai para entrar em processo judicial é uma boa ideia...

Jimin sentiu-o prender a respiração e tensionar o corpo contra o seu. Mordeu os lábios, aflito. Já tendo começado, continuou:

— Não acredito que vou falar isso, gracinha... Eu juro, eu juro que também odeio o descaso deles com você. Juro que queria apoiar seu processo judicial, mas se formos olhar com calma...

Uma suposta facção de balé • jikookWhere stories live. Discover now