Diretoria

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Narrador Pov

Dias foram se passando e a amizade entre Lauren, Camila, Dinah e Ludmilla foi se fortalecendo cada vez mais. Agora elas eram inseparáveis, sempre andando juntas, lanchando juntas e sempre se ajudando.

Lauren agora era uma criança sorridente e feliz por ter amigas que sabiam de sua condição e não a julgavam como seus antigos colegas de escola. E seus pais igualmente felizes por verem a filha bem e não sendo tratada com indiferença, e também por agora sua filha estar mais focada na escola, coisa que antigamente não acontecia por ela não sentir mais vontade de estudar e medo de ir à aula.

- Lo! - Clara chamou sua filha que logo apareceu na porta da cozinha.

- Oi mamãe.

- Estou indo lá ao mercado, você quer ir comigo? - Lauren afirmou com a cabeça - Certo, então vai pegar seu chinelo que já vamos.

Lauren saiu correndo para o seu quarto ouvindo sua mãe gritar "sem correr Lauren Michelle" que ela logo obedeceu. Depois de prontas elas foram caminhando até o carro de sua mãe, para partirem.
No caminho foram cantando umas músicas que passavam na rádio, o que já era costume delas. Lauren amava esses momentos com sua mãe, tanto que nem viu o tempo passar, e já estavam estacionando.

Clara pegou um carrinho grande logo colocando Lauren sentada dentro dele. Começaram as compras e Lauren como já natural de qualquer criança pedindo "besteiras" fora do necessário para sua mãe, que para fazer os gostos da filha dava de bom grado, por vontade e por saber que Lauren não é uma criança mimada que sabe ouvir "não" e entender que não se pode ter tudo a hora que bem entender. Clara sente orgulho da menina que criou com tanto carinho e amor, pois Lauren sempre foi uma menina doce, gentil e muito compreensiva. Por isso lhe partia o coração o jeito que sua menina era tratada, ela se questionava como uma criança tão pura como sua Lauren pode ser destratada de tal forma só por não ser "igual" as outras meninas.

Lembra como ficou feliz e chorou, quando sua filha chegou em casa com um sorriso que há tempos não via brilhar no rosto da sua pequena, e lhe perguntou como foi o seu dia. E quando Lauren começou a contar que tinha novas amigas que a aceitavam do jeito que ela é, Clara se sentiu grata por finalmente sua filha estar sendo tratada como merece. Naquele dia ouviu sua pequena falar por longos minutos sobre seu dia com um sorriso satisfeito.

- Mamãe - foi despertada dos seus pensamentos pela garotinha de olhos verdes.

- Diga bebê.

- Ei! Não sou mais bebê - fez um bico, que logo foi apertado pela mais velha.

- Ah, você é sim e sempre será o bebê da mamãe - se inclinou dando um beijo e sua madeixas castanhas e logo viu o sorriso disfarçado vindo da mais nova. - O que você queria?

- Água, esqueci de beber antes de sair.

-Aqui toma.

Clara esperou ela terminar de beber sua água pra darem continuidade ao que estavam fazendo, segundinho em direção ao primeiro corredor. Clara ía pegando as coisas e entregando para Lauren que organizava de uma forma que não caíssem, e assim seguiram pegando as coisas e mundano de corredor. Até que chegaram na parte que a pequena mais amava, o "corredor da falência" como Clara apelidou carinhosamente.

Lauren pediu pra descer do carro para que pudesse andar livremente pelo corredor e escolher o que quisesse, sua mãe a colocou no chão e ela logo disparou em direção aos pacotes de salgadinho, que logo pegou uns pacotes lembrando também de seus irmãos. Costumavam fazer maratonas de filme nos sábados e sempre compravam algumas coisinhas para comerem durante o filme.

Viu um pacote vermelho e laranja no topo da estante e seus olhos imediatamente brilharam, se esticou na tentativa falha de o alcançar mas logo desistiu vendo que não iria conseguir. Até que uma idéia passou em sua cabeça, colocou os pacotes que estava carregando no chão e se preparou para escalar a estante. Tinha um sorrisinho sapeca no rosto por estar conseguindo o seu objetivo, de repente sentiu sua mão direita escorregar, fechou os olhos com força já sentindo a queda que iria levar. Foi quando sentiu alguém segurar por debaixo dos seus braços lhe colocando na terra firme novamente.

Quando Você Foi EmboraWhere stories live. Discover now