Capítulo 8

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Emily Osíris.

Presente...

-- Vocês transaram?

Encaro Lilith, que me olha com certa diversão, enquanto segura Ethan. Meu filho levantou a cabeça ao som da palavra diferente, seus gigantes olhos verdes me encontrando. Ethan chupa a chupeta azul algumas vezes, a nuvem de sono deixando os seus olhinhos enquanto ele me olha.

-- Mama. -- Me chama, abrindo os bracinhos e sorrindo por trás da chupeta.

Saio do canto do quarto onde estava encostada e vou até a garota linguarudo que está segurando o meu filho.

-- Valeu, Lilith. -- Resmungo a olhando com raiva, ao pegar Ethan de seus braços.

Lilith ri, soltando o longo cabelo loiro que estava preso em um rabo de cavalo. Descobrimos da pior maneira que Ethan adora colocar suas mãozinhas nas mechas douradas. Nem sempre com tanta delicadeza.
Meu filho solta uma risadinha ao entrar em contato com o meu peito, seu corpinho pequeno se encaixando perfeitamente em meus braços. O seguro apertado por alguns segundos, enterrando meu nariz em seus cabelos negros para sentir seu cheiro.

-- Mama. -- Diz novamente, só que dessa vez a única palavra do seu vocabulário sai em uma espécie de suspiro, e eu entendo que, assim como o meu, seu coraçãozinho sentiu saudades.

Lilith se vira, caminhando até a cama grande onde eu estava sentada. Ela se senta e me olha, enquanto massageia seus ombros.

-- Droga! -- Faz uma careta ao apertar o ombro esquerdo. -- Acho que preciso de uma massagem de verdade. Ethan passou o dia inteiro deitado no meu ombro.

Balanço Ethan nos meus braços, acariciando seus cabelos negros enquanto tento fazer o menino cansado pegar no sono.

-- Peça para Max. -- Sugiro, com um sorriso. -- Ele não teria problemas em te fazer relaxar um pouco.

Lilith me olha de relance, tentando transmitir a sua raiva pelo comentário, mas tudo o que consigo ver é o brilho de olhos verdes esmeraldas. Ela considerou por alguns segundos...

-- Seu irmão chegou com uma garota hoje. -- Diz, tentando ser casual enquanto permanece pressionando o ombro.

Arqueio uma sobrancelha, um pouco surpresa com a sua revelação.
Desde que Max saiu da prisão, não o tinha visto com nenhuma garota. Na verdade, ele parecia inteiramente dedicado ao seu plano de conseguir Lilith de volta.
Bem, se algum dia ele a teve.

Mas, pelo pingo de raiva que coloria a voz de Lilith ao citar a tal garota, eu sabia que ela não estava tão imune ao irritante colega de trabalho e vizinho de quarto.

-- É mesmo? -- Indago.

-- Uhum. -- Sua mão cai de seu ombro e ela olha para um ponto distante. -- Passaram algumas horas trancados no quarto dele.

-- E você ficou colada na parede tentando ouvir algo, estou errada? -- Lilith revira os olhos com a minha pergunta, o que me faz rir. A mesma Lilith curiosa... -- Então, ouviu eles transando?

Seus olhos correram até a parede atrás de mim, onde tinha uma penteadeira e um espelho, ao lado de uma grande estante de livros.
Bem, aquela também era a parede que dividia com o quarto de Max.

-- Ele é nojento. -- Se ajeitou na cama, fazendo careta. -- Se seu irmão tivesse transado com ela, todos dessa casa poderiam ouvir.

Meu sorriso ficou mais largo, e eu balancei Ethan suavemente em meus braços.

-- E como você sabe disso?

Ela não respondeu, apenas deu de ombros e apertou o tecido de sua camisa azul.

Tentação ProfanaWhere stories live. Discover now