[CONCLUÍDA] Ser invisível não era uma novidade na vida de Jeon Jungkook, desde que nascera nunca tinha conhecido uma vida além daquela onde era completamente imperceptível e comum. Com olhos comuns e feição ainda mais normal, ele estava acostumado a...
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EPÍLOGO
J i m i n
Eu observava as gotas de chuva escorrendo sem rumo pelo vidro do ônibus enquanto eu voltava para casa naquela tarde que na verdade, já era quase noite.
Contra a minha vontade, eu voltei mais cedo para casa, cedendo a vontade de Jungkook, que me pediu para não estender meu horário juntamente com ele. Ele e sua mania incessante de querer carregar tudo sozinho, e nessa de carregar tudo sozinho é que ele está dormindo antes das nove da noite de cansaço.
Sabe, se passaram três meses desde que a obra da cafeteria começou. No início foi um pesadelo. Pó para todos os lados, paredes e mais paredes sendo quebradas e nós só atendíamos de um lado da cafeteria. Mas com o passar do tempo tudo voltou a ter forma, e com as boas notícias de que em breve teríamos novos funcionários na nossa equipe, me fazia ficar mais calmo a respeito de ver meu namorado sendo sobrecarregado todos os dias. A faculdade e a magic às vezes o faz ficar quase louco.
Eu nunca disse em voz alta, mas a forma como a vida de Jungkook mudou de repente me assustou muito. Porém, mais assustado do que eu, estava ele. E por isso precisei segurar sua mão muito fortemente mas que conseguíssemos passar por todo o choque sem danos.
Fui acordado de meus pensamentos quando percebi estar próximo de casa, e quando desci, não demorei nem cinco minutos para adentrar no hall do prédio, tirando as gotas de chuva do meu cabelo.
— Boa noite, Jimin. — O porteiro de meia-idade me cumprimentou assim que entrei, me oferecendo um sorriso.
— Boa noite, Junpyo. Alguma correspondência para mim?
Ele acenou positivamente e em um minuto me entregou todas as nossas correspondências.
— Jungkook ainda está no trabalho?
Coloquei as mãos na cintura imediatamente, feliz por ele ter notado a minha cara de limão estragado e ter perguntado.
— Sim! E me mandou para casa mais cedo com a desculpa que eu tenho dança prática de manhã e não poderia me cansar. E ele pode, né? Olha, senhor Junpyo... — Suspirei, contente em desabafar. — Jungkook não tem idade para trabalhar tanto.
O homem riu de maneira cativante, saindo de trás do balcão e me olhando como se eu fosse um menino bobo, porém, ele era sempre muito discreto.
— Jimin, fique feliz que ele se preocupe com o seu bem estar. E, também, que ele seja um homem íntegro e que aprecie trabalhar mesmo sendo novo. Hoje em dia, poucos tem esse senso de responsabilidade.
