Prólogo

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Planeta K-82
(Popularmente conhecido como 'Lixão Espacial')
24 de abril do ano 2150 - Dois anos depois da morte




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Zayn Malik deveria estar morto.

E isso até aconteceu, de verdade, mas mesmo assim, dois anos depois, ele ainda caminha até a máquina de bebidas, encaixa duas moedas azuis brilhantes no compartimento, digita os números que correspondem ao que deseja e espera até que a luz da máquina se acenda. Quando isso não acontece, ele dá um soco na parte superior da geladeira metálica, e só então ela solta um barulho esquisito e se acende, liberando assim duas latas de refrigerante de maçã - que na verdade não tem gosto de maçã -.

Ser um cara que deveria estar a sete palmos do chão é um tanto quanto esquisito, porque a maioria te olha em choque, com um pensamento de que talvez estejam enlouquecendo, mas depois de um tempo, Zayn se acostumou. Mesmo com o cabelo negro como carvão agora estando com alguns fios brancos, grande o suficiente para que ele faça um coque grosso, e a barba um pouco maior do que costuma deixar, a maioria das pessoas ou criaturas ainda o reconhece, e além do mais, não são todos que tem coragem de falar com gente do 'tipo dele', e somado isso ao fato de que para quem o conhece, agora ele é basicamente um zumbi, é fácil não ter que se explicar.

Ele caminha pelas ruas sujas e movimentadas sem pressa, a noite está próxima e já está atrasado, por isso, não fará tanta diferença correr agora. O céu cinzento do planeta K-82 é como uma televisão sem sinal e o cheiro que toma o lugar é tão ruim que faz jus ao nome de lixão interestelar. Detesta esse planeta, e detesta tudo relacionado a ele, a comida é ruim e os habitantes são ridiculamente grosseiros. Mas há coisas que precisam ser feitas, é um dos preceitos de se estar vivo, você precisa lidar com detalhes que vão além do querer.

Virando a sua esquerda ele adentra um beco mal iluminado, as poças de lama sujam seus coturnos conforme caminha, o assobio tranquilo e melodioso que sai de seus lábios chama atenção dos presentes ali. Zayn não precisa conhecer nenhum deles para saber quem são; seguranças de boates, drogados, bêbados e prostitutos, porque não importa em que planeta esteja, a parte escura de todos eles têm o mesmo cheiro podre de descuido.

Cinco metros à sua esquerda, Luphadontys de 2.87 e cabelo escuro, dez moedas azuis. — a voz jovial e tranquila desliza do aparelho comunicador de Zayn em sua orelha para dentro de sua cabeça.

— Porra, sério? É bom que sirvam boas bebidas por esse preço. — Zayn murmura ouvindo uma risadinha soar em sua cabeça antes de se aproximar o suficiente da criatura de quase três metros de altura em frente a uma porta de metal um pouco enferrujada. — Boa noite. — o moreno começa. Enquanto encara o ser a sua frente, pode ver que sua pele é arroxeada e escamosa, e que não move nenhum músculo de seu corpo duro feito rocha, a expressão fechada e o silêncio que se estende, deixa claro que ele não é do tipo simpático e educado. — Tudo bem, nada de boa noite. — Zayn encaixa a mão livre dentro do bolso da jaqueta e tira de lá dez moedas azuis, deixando que caiam como uma cascata sobre a mão agora estendida do segurança sem expressão que em seguida, o deixa passar sem maiores cerimônias.

Além da morte - Fanfic ZiamOnde histórias criam vida. Descubra agora