Capítulo IX - Nem tudo pode ser dor

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Hemisfério norte do Planeta L-03
(Popularmente conhecido como “Planeta Terra”)
‘Zona céu’
8 de janeiro do ano 2147 - Um ano antes da morte





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Liam não evita sorrir - mesmo que de maneira pequena -, da cozinha, enquanto prepara dois copos cheios de chá gelado, ele observa o caçador sentado sobre seu tapete, a noite esta quente, e ele está sem camisa, pernas cruzadas em forma de borboleta, vincos sobre a sobrancelha numa expressão de concentração enquanto lê um pequeno manual em suas mãos. Sua mão direita está enfaixada, e seu rosto tem alguns curativos com desenhos de moléculas - os únicos presentes no kit de primeiros socorros de Liam -. O moreno analisa a imensidão de peças lego e tenta encaixá-las da maneira certa, almejando o grande navio desenhado na caixa do jogo.

Quando o cientista se aproxima e lhe estende um dos copos, ele sorri sem dentes, pequenas ruguinhas aparecendo na lateral de seus olhos.

— Coloquei limão, espero que goste. — Liam se senta ao seu lado no tapete fofinho e o observa dar uma longa golada no chá, rindo levinho quando ele termina e faz uma expressão rápida de beijo do chefe para elogiar a bebida.

— Está ótimo, obrigado. — ele afirma se ajeitando para ficar mais perto do castanho.

— Que bom. — o cientista sorri. Por algum tempo, ele tenta ignorar o fato do caçador ter aparecido de repente no seu jardim com o rosto pingando sangue, ombro deslocado e machucados fundos pela mão direita, mas quanto maior o silêncio, maior a confusão e temor na mente de Liam, visando cessar o mar de perguntas em sua mente, ele pergunta de forma calma. — Você pretende me contar o que aconteceu?

— Não. — Zayn responde simples, ainda focado em tentar montar a imensidão de peças de uma maneira que faça sentido.

— Mas talvez eu possa ajudar. — tenta novamente. — É a terceira vez essa semana que você aparece assim, e quem sab-...

— Liam, eu não quero sua preocupação, não quero esses olhinhos de cachorro me encarando, não quero sua pena, não quero um discurso sobre como o que eu faço é perigoso, não quero explicar o que aconteceu comigo, não quero nada disso. Eu só quero ter uma noite legal montando um jogo nerd de lego, enquanto tomo chá gelado na casa de um cara rico que cheira a flor e tem um sorriso bonito. — Explica. — Deixe minha mente aqui com você, é tudo o que eu peço. Não me faça voltar pra lá, ta bem?

O cientista assente devagar com a cabeça, encarando o rosto bonito coberto por uma exaustão desmedida.

— Mas tem algo que eu preciso te dizer. — ele diz baixo.

Além da morte - Fanfic ZiamWhere stories live. Discover now