𝐓wenty 𝐓wo

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「 🍁 」

— Pai?! — me assustei ao vê-lo.

— Onde você estava? — sua voz era calma, mas não me deixaria levar, conhecia muito bem meu pai. Em nenhum momento ele tirou o jornal de seu rosto.

— E-eu... — droga, eu não conseguia pensar em uma mentira boa o suficiente para ele acreditar.

— Fala, Jimin! — se alterou atirando o jornal longe e levantou-se de sua poltrona, vindo em minha direção. Sunhee assistia tudo rindo, ela estava achando uma maravilha. — Você não vai me dizer onde você estava? — perguntou. Seu olhar era de raiva, o que me deixava medroso.

— Eu estava.... — pensei. — Na casa do Jin. — menti legal, ou será que eu deveria dizer que eu estava me envolvendo com um gangster inconsequente e estava na casa dele? Não, esquece.

— Na casa de Jin? Tem certeza? — ele parecia desconfiado.

— Óbvio que ele está mentindo, amor. — Sunhee se pronunciou.

— Cala a boca, vadia! Volta para sua esquina, é o melhor que você faz. — gritei.

— Olha o respeito, Jimin! — meu pai me repreendeu. — As vezes eu acho que eu fiz algo de errado em relação à sua criação. — aquilo me doeu. Ele respirou fundo e voltou a falar. — Mas enfim, ligue para Seokjin, quero ver se é verdade. — droga, fodeu a porra toda. Jin não estava falando comigo, não sei se ele iria me acobertar, não sei nem se ele iria me atender.

Peguei meu celular com as mãos super trêmulas. Eu estava mais do que fodido, Jungkook nem precisaria se dar o trabalho de me matar, meu pai já faria isso. Ele não tirava os olhos de mim em momento nenhum, apenas esperando eu fazer a tal ligação. Liguei, chamou, chamou e chamou, mas não atendeu.

— Atendeu? — ele perguntou.

— Você ouviu algum: alô? — fui rude, admito, mas eu estava nervoso. Liguei novamente, e ele não atendia, liguei mais uma vez e nada. Amém, Senhor.

— Pai, ele deve estar dormindo, dê um tempo, por favor. — senti um alívio me percorrer.

— Ligue de novo. — Sunhee disse, incrível como ela só queria ferrar com a minha vida.

— Não se meta, mas que droga mesmo. — a voz dela me irritava mais ainda.

— Ok, Jimin... — meu pai falou. — Eu vou dormir, estou super cansado, mas amanhã é outro dia. — aquilo soou como uma ameaça.

Voltei para o meu quarto e se joguei em minha cama, perdido em pensamentos bons e ruins. Eu estava exausto, então não demorei para adormecer.

「 🍁 」

Mais um dia que eu não estava nem um pouco a fim de enfrentar. Levantei-me quase caindo de tanto sono, e o pior era que aquela escola era turno integral, eu não merecia tudo isso. Fiz minha higiene, vesti-me, peguei minhas coisas – as quais eu lembrei que eu havia deixado em algum lugar da sala no terrível dia anterior –. Peguei uma maçã na cozinha, pois eu não tinha tempo e nem pique para um café da manhã reforçado. Logo lembrei-me que meu carro não estava na garagem, estava com Jungkook. Merda, será que meu pai havia visto? Claro que havia, até porque ele sempre saía antes de mim, seria mais outra coisa da qual ele me cobraria à noite. Eu queria morrer, seria minha melhor escolha no momento.

Mas agora a questão era: como eu iria para a porcaria da escola?

Eu só me fodo nessa vida, era impressionante isso. Eu poderia ser um adolescente normal, mas não, parecia que isso não era possível, e depois que eu conheci Jungkook tudo virou do avesso, tudo mesmo.

Possessive • JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora