𝐓wenty 𝐒ix

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「 🍁 」

Me apoiei na pia e fechei os olhos com força. Eu estava morrendo de raiva. Abri meus olhos me deparando com a minha imagem no espelho que ali havia, eles estavam vermelhos, sinal de lágrimas de pura raiva vindo, e então, desabei, comecei a chorar baixinho, não queria que o causador de tudo isso ouvisse.

Meu subconsciente sussurrava-me que eu não deveria chorar por Jungkook, ele era um idiota, eu já deveria estar acostumado a ser tratado assim por ele; como um nada. Mas eu não gosto de me sentir apenas mais um, eu não gosto de me sentir um vadio, não gosto de me sentir usado.

Enxuguei minhas lágrimas com força, machucando um pouco meu rosto. Eu estava com muita raiva, eu poderia matar Jungkook com sua própria arma. Eu odiava o que aquele babaca fazia comigo, simplesmente odiava. E ele ainda deixava bem claro que eu era somente dele, mas não como alguém que ele goste, e sim, como um marionete, com o qual ele podia fazer tudo o que quisesse. Um marionete idiota.

E o pior... sabe o pior? Eu era totalmente apaixonado por ele, eu não entendia o porquê. Como eu pude me apaixonar logo por ele? A verdade era: eu podia ver algo a mais em Jungkook, algo a mais em seus olhos, podia sentir que ele era mais do que isso, mais do que esse idiota que ele aparenta ser. Ou eu apenas estivesse errado, e pelo visto, eu estava. Eu caí na dele, me deixei se envolver por ele, deixei ele me seduzir, ele não era o total culpado – ou era – por não deixar eu me afastar dele, por não deixar eu tomar meu rumo, por simplesmente querer que eu fosse seu. Ok, eu também me culpo, pois apesar de tudo, ele nunca escondeu esse seu jeito ordinário, e mesmo assim, eu me deixei levar. Eu me apaixonei.

Já estava naquele banheiro, tentando conter minha raiva, havia, mais ou menos, trinta minutos. Estava sentado no chão, com os braços envolvidos ao redor dos meus joelhos e com a cabeça baixa, até que ouvi fortes batidas na porta.

— Abre essa porra, Jimin! — Jeon ordenava. Seu tom era rude, mas sem gritar.

— Isso não é uma porra, é uma porta, você é uma porra. — gritei de volta.

— Sem gracinhas e abre isso de uma vez, garoto. — Jeon bateu, não tão forte, na porta duas vezes.

— Por quê?

— Porquê eu quero.

— Querer não é poder, me deixe!

— Eu vou arrombar essa porta assim como eu fiz em você. — aquilo me irritou mais ainda. Ele era ridículo.

— Olha o respeito, seu idiota. E faz o que quiser, a casa é sua, o prejuízo também. — mostrei indiferença, mas meu desejo, realmente, era sair dali e acabar com a vida dele. Se passou alguns minutos em silêncio dos dois lados, pensei até que ele tinha desistido, até ouvir a voz dele novamente.

— Abre, Jimin, eu quero falar com você. — sua voz agora era mais suave, mais calma.

— Que droga, Jeon! Me deixa, vai lá foder suas vadias, me larga de mão, caralho. Depois ainda vem dizer que eu que fico no seu pé. — eu gritava dentro daquele banheiro. — E aliás, me esquece, eu não sou seu! Não quero essa vidinha, minha vida já está ruim o suficiente. Obrigado. — soltei tudo que estava entalado em minha garganta e logo o silêncio pairou. Respirei fundo a fim de afastar as lágrimas, mas elas vieram mais uma vez, e dessa vez o motivo era minha droga de vida.

Eu já estava à uma hora e meia dentro daquele banheiro, até que eu cansei. Já estava um pouco mais aliviado, mas ainda bem magoado em relação a Jeon, porém eu não podia me afastar, evitá-lo ou algo do tipo, eu estava em seu território por completo agora.

Levantei daquele chão e destranquei a porta do banheiro com cuidado, respirei fundo mais uma vez, olhei-me rapidamente no espelho para ver meu estado – que não estava dos bons –, e finalmente, abri a porta. A casa estava silenciosa, como se não houvesse ninguém e acho que realmente não tinha. Talvez tivesse havido algum imprevisto ou coisa para resolver, o que me deixou mais aliviado ainda.

Possessive • JikookTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang