Se junte a nós

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Três outras mulheres se juntaram a mim e a Melinda. Nenhuma era da Beaumont, todas faziam parte da equipe do Albert. Isso me fazia ganhar uns pontos com as pessoas que trabalhavam para Nathaniel, eu podia ser vista como alguém das relações-públicas, que me dava bem com qualquer pessoa, sempre com assunto... Pena que a realidade não era bem essa.

Eu estava falante por um simples motivo: estava desconfortável. Queria evitar os olhares do Nathaniel, não por não querer o ver, porque sem que eu quisesse meus olhos sempre estavam o procurando, mas porque agora Albert estava conversando com ele, e eu não podia lidar com os dois de uma vez só.

- Ouvi rumores de que você e o Albert estavam envolvidos - uma mulher mais alta que eu pronunciou em frente a todas.

- Ouvi isso sobre você e o Nathaniel - Meghan, outra das novas garotas que eu conhecia, rebateu.

- Onde vocês escutam esse tipo de coisa? - Melinda retorceu as sobrancelhas como se tudo fosse um absurdo, o que não era.

- Escutei de uma das funcionárias da Beaumont um pouco antes da nossa última reunião na quinta - Meghan relatou, e só então me lembrei do seu rosto na sala de conferências.

- São apenas boatos - garanti - Há pessoas que não gostam dos seus superiores e inventam histórias.

- Quando você diz superiores, você quer dizer você, Albert ou Nathaniel? - a mulher alta voltou a falar.

- Digo isso em relação a mim, tenho certeza que os funcionários adoram Nathaniel e Albert.

- Já ouvi falar muito sobre Nathaniel, tenho amigas que trabalham na Beaumont, dizem ser um bom chefe - Melinda concordou comigo - Também nunca ouvi falarem algo ruim do Albert, pelo contrário, ele é muito admirado, sempre justo, responsável, acolhedor, compreensivo, ético... A lista de qualidades do Albert realmente é admirável.

- E lindo de morrer - Caroline pontuou com um grande sorriso no rosto.

Todas a olharam com repreensão.

- O quê? Todo mundo sabe que isso é verdade! - defendeu-se.

- Você concorda que ele é bonito, Catherine? - Meghan tinha o canto direito dos lábios levantado e os olhos estreitos fixados em minha alma.

- Sim, ele é - assenti.

- Você ficaria com ele? - Melinda ficou entusiasmada.

- Não sei, beleza não é tudo o que procuro em um homem - não podia dizer o que realmente pensava ou estaria em maus lençóis.

Albert, agora, chamava a atenção de todos batendo com um talher em uma taça de champanhe.

- É em momentos assim que ele é ainda mais gostoso - Caroline sussurrou em meu ouvido, me fazendo perder as primeiras palavras ditas por Albert.

- Quando ele bate em uma taça? - olhei para ela com um sorriso engraçado no rosto.

- Boba! - revirou os olhos - Quando ele toma a frente e assume o ambiente, ele sempre faz isso.

- Deve ser porque ele é seu chefe - assumi.

- Não é só por isso - negou - Já tive o prazer de estar com ele em viagens e ele é sempre assim, mesmo quando não está lidando com negócios.

Aquilo me deixou intrigada ao ponto de não querer escutar o discurso. A voz do Albert tocava como uma música para mim, mas eu não entendia porque olhava com atenção para Caroline.

- Você viaja com ele? - questionei.

- Quando necessário, sim - ela também me olhava, parecia querer tirar informações de mim, ou qualquer reação que lhe dessem pistas de como eu me sentia - Assim como você viaja com o Nathaniel. Nossa relação é parecida.

Império de LágrimasWhere stories live. Discover now