ㅤ𝖔. Prologue: To Be Reborn, You Must First Die

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Para Renascer, Você Deve Morrer Primeiro

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Para Renascer, Você Deve Morrer Primeiro

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐄ra uma madrugada chuvosa em toda cidade de Tóquio.

As gotas batiam sistematicamente nas superfícies e o vento gélido soprava pelas ruas cortando os edifícios. O céu azul naval era coberto com as nuvens pesadas que despejam a chuva sem receio em importunar as pessoas da cidade. Devido ao clima tempestuoso ⸻ e ao horário ⸻ havia poucas pessoas dispersas nas ruas, muitas se abrigavam em suas moradias ou até mesmo em seus locais de trabalho, como era o caso de Kugisaki Mei. O som da chuva batendo na janela do laboratório da Faculdade de Tóquio deixava o clima mais agradável para a jovem que tentava ao máximo se concentrar na sua pesquisa de doutorado. Lendo, relendo e revisando, sob as lentes dos óculos de armação arredondada, os olhos escuros como ébano percorriam pelas palavras do documento. Quando chegou na última frase após passar pelo processo de revisão pela quinta vez consecutiva, um suspiro deixou seus lábios secos e levemente ressecados. Por breves segundos, seus olhos se fecharam e Mei pensou que talvez poderia finalmente visitar o Sonhar.

Sonhar.

Sonhar era um privilégio que Mei não possuía. Talvez fosse algo bom demais para alguém como ela ou talvez já nem soubesse mais como sonhar. Quando seus olhos finalmente tinham a oportunidade de descansar e cair nas graças de Morpheus, suas doces lembranças se tornavam seus piores pesadelos. E seus pesadelos eram como uma rotina sem escapatória, um looping, um disco arranhado que repetia a mesma música até quebrar.

Com isso, suas madrugadas se tornaram suas tardes. Se afogando cada vez mais em trabalho devido ao medo (que nunca admitiria para si mesma) de ter sua mente apoderada pelas memórias de sua infância.

Kugisaki Mei estava mais quebrada do que aparentava.

Quando seus olhos, escuros e opacos, alcançaram os ponteiros, que pareciam movimentar-se lentamente, do relógio localizado no topo da parede do laboratório da Universidade de Tóquio, um suspiro deixou seus lábios que se encontravam entreabertos. Seus músculos tensos davam indícios de que fazia horas que estava sentada de frente ao computador analisando dados e os experimentos de sua pesquisa. Suas pálpebras pesavam cada vez mais devido ao cansaço e logo a biomédica abriu a boca para bocejar ⸻ mostrando o efeito da falta de boas horas de sono. Quando o relógio marcou duas horas da madrugada, a Kugisaki deu-se por vencida e se levantou do banco giratório se espreguiçando. Mei buscou por sua mochila e retirou seu jaleco branco (que possuía seu nome bordado na borda do bolso onde duas canetas esferográficas encontravam-se) e o deixou dentro de um dos armários do laboratório. Ela ajeitou os óculos que escorregaram pela ponte de seu nariz e refez o coque bagunçado que havia sido preso com uma das canetas que encontrou no bolso de seu jaleco horas atrás.

Com uma certa fleuma, suas pernas a arrastavam pelos corredores da faculdade e quando se virou para a esquerda para chegar a área das escadas do prédio, Mei deu de cara com a mulher que dividia o laboratório consigo, Kishimoto Utahime.

𝗹𝗼𝘀𝘁 𝘀𝗼𝘂𝗹𝘀  ✷  𝗌.𝖼𝗁𝗂𝗌𝗁𝗂𝗒𝖺Onde as histórias ganham vida. Descobre agora