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VII, Melhor Aliados Do Que Inimigos
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐌ei encontrava-se em sua suíte do hotel, deitada sobre a cama e o edredom macio com seus olhos fixos no teto branco enquanto sua mão esquerda brincava com a pulseira de identificação da Praia em seu pulso direito. Sua respiração era calma, um contraste perfeito com sua mente que continuava a funcionar como um furacão. Não fazia muito tempo que havia voltado do seu primeiro jogo como a mais nova integrante da Praia.
Para sua sorte, havia sido um jogo com um nível de dificuldade baixa, um três de paus. E quem sabe o destino havia tentado se redimir um pouquinho e acabou por colocar Kuina e Kuzuryu em seu time. O jogo consistia em dois grupos competindo entre si, um jogo da memória com o tempo limite de vinte minutos e a morte como consequência para o grupo perdedor.
E quando o laser atingiu o trio adversário, a Kugisaki percebeu que uma parte de si estava se acostumando com todas aquelas mortes, deixando-a atordoada com a própria descoberta.
A biomédica fechou os olhos por breves segundos, embora fosse madrugada, o som continuava alto e as pessoas continuavam festejando como se não houvesse o amanhã, celebrando suas vitórias nos jogos. O barulho incessável era um grande obstáculo que apenas a mantinha acordada, cada vez mais dentro de seus pensamentos sobre o local no qual agora fazia parte.
Mei sentou-se na cama e subitamente decidiu que dar uma volta pelo hotel talvez pudesse ajudá-la a acalmar-se e finalmente cair no sono sem qualquer tipo de pesadelo ⸻ algo que parecia impossível em seu estado emocional. Os pés da Kugisaki arrastavam-se pelos corredores do local e o salto do seu chinelo fazia o mínimo barulho enquanto andava, podendo assim passar despercebida. Sem saber para onde ir inicialmente, Mei subiu a primeira escada que encontrou em seu andar se deparando com o terraço do hotel.
Para a surpresa da jovem pesquisadora, havia uma figura parada, observando tudo abaixo de si.
O cara tão conhecido e ao mesmo tempo desconhecido pela Kugisaki.
Quando estava prestes a dar meia volta e voltar para sua suite, Mei assustou-se ao rapaz virar-se em sua direção.
— Achei que não tivesse interesse na Praia. — a voz do rapaz saiu rouca.
— Era apenas uma curiosidade. — Mei deu de ombros — Descobriu algo do papel?
— Estou no processo.
— Hum — Mei murmurou em resposta sem saber o que dizer, já que a própria resposta do loiro havia sido vaga.
Um breve silêncio instalou-se entre ambos, o som de música eletrônica era o único som presente. Mei estremeceu-se com o vento frio que entrou em contato com seu corpo coberto por apenas um biquíni preto, por poucos segundos a jovem pesquisadora invejou o loiro que possuía um moletom de frio branco que aparentava ser bastante confortável e propício para aquele momento e ambiente.
