Capítulo 7

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Niall observava o corpo a sua frente.

— David, pobre David. — Murmurou enquanto colocava as luvas para tocar o corpo. Ele ficara responsável pelo corpo até a hora do enterro.

— Niall? — ele ouviu a voz de Emma chamar e se virou para a porta.
— Ei, Emma — ele deu um meio sorriso e a mulher entrou na sala, soltando um suspiro pesado.

— Depois do enterro... Charlie quer conversar com a gente — ela deu de ombros. — Você sabe que ele cismou de criar a tal "equipe especial" — ela fez aspas com as mãos — e
nós estaremos nela, como já era de se esperar e... Ele quer todos nós lá, ele vai apresentar o resto do pessoal e pediu para eu avisar à todos — ela revirou os olhos.

Estava cansada.

— Certo — Niall suspirou. — Vou terminar de checar o corpo e já libero, ok?

— Ok. Faça isso com calma — ela pediu dando uma risada fraca.

Niall balançou a cabeça negativamente com um sorriso torto nos lábios. Soltou um suspiro pesado e começou, tinha muito trabalho para fazer.

****

— Não podemos ir no policial de novo — disse a mulher, soltando a fumaça do cigarro. — Eles vão desconfiar e vão nos pegar.

— Nos pegar eles não vão — o mais velho disse dando um meio sorriso. — Nosso rapaz é inteligente. Ele pensou em tudo.

— Pensou, claro que pensou! — a mulher revirou os olhos. — Pensou em tudo o que será bom para ele! Não para nós! — ela se levantou e apagou o cigarro de qualquer jeito na mesa antiga. — Vocês sabem porque ele está fazendo isso tudo e porque está nos ajudando. Ele pensou somente nele. Não vamos em cima do policial de novo. Não podemos!

— Concordo com ela — um dos outros homens se manifestou. — Estamos nessa pelo dinheiro. E, para ele, é fácil se livrar de qualquer tipo de ameaça ou coisa do tipo. E para nós? Se formos no policial de novo vamos ser pegos. Se formos direto para a outra vítima, será mais fácil de correr. Todos ficarão tontos. Principalmente se formos amanhã mesmo. Estão todos perdidos devido a morte do filho do Raymond.

Ficaram cerca de uma hora debatendo e vendo a pequena "lista de vítimas" que tinham. Porém precisavam do velho Robert Castellamare, ele comandava ali na ausência de seu sobrinho. Mas nenhum dos dois apareciam, provavelmente o sobrinho de Castellamare estava no tabalho e se ele realmente estava trabalhando, não sairia de lá sem nenhuma pista... Mas... Castellamare. Niguém fazia a menor ideia de onde ele poderia estar. Talvez investigando mais ou se fazendo de velho inocente e bonzinho... Ah, eram hipóteses demais para eles ficarem se martelando com aquilo.

— Tenta falar com um deles, Lucy — um dos homens disse para a única mulher do grupo.

— Se eu ligar para o pequeno Castellamare agora, do celular que eu estou aqui, ele me mata, Jesse — ela respondeu mordendo o lábio e encarando o teto, como se estivesse
pensando.

— Então, certo, fiquem se matando. Eu tenho mais o que fazer — disse o outro homem.

— Você não vai a lugar nenhum! — Lucy disse em um tom mais alto.

— Lucy, pelo amor de Deus, eu não aguento mais ficar trancafiado nisso aqui — ele revirou os olhos. — E, de qualquer forma, eu não tenho que obedecer você, bonitinha — ele deu um sorriso debochado e se virou em direção a porta.

— James! — ela gritou e recebeu apenas o famoso "dedo do meio" em resposta.

Tinham coisas importantes para resolver e esse tal James sempre fugindo das "responsabilidades" dele. Ele tinha que ir embora dali. Estava dando trabalho... Muito trabalho. E, bem, de trabalho eles já estavam cheios.


Pull Me In. (HS)Where stories live. Discover now