Capítulo 21

5 0 0
                                    

(Coloquem pra carregar e dêem play quando eu falar,
Música 1 Maroon 5 - No Courtain call, Música 2 Maroon 5 -Hands all Over, Música 3 Regina Spektor- Laughing)


Beatrice estava no meio do caminho, mas sua cabeça estava no bairro que acabara de sair. Para falar a verdade, sua cabeça estava em Harry. Sim, nele. Na valentia, na forma que a defendera — porque, obviamente, aquilo fora para defendê-la, ele a colocara para fora se esquecendo totalmente dos microfones que ela usava — e na forma em que ele encarava Crowley, como se já soubesse o que aconteceria a partir de agora.
Beatrice parou o carro em um dos sinais e, com as mãos trêmulas, pegou o celular. Deixaria Charlie informado do que estava acontecendo, pelo menos.

— Atende, Charlie, atende. — Ela murmurava enquanto encarava as ruas vazias e conferia pela milésima vez se todas as portas estavam trancadas.

Alguns segundos se passaram e Charlie atendeu ao telefone.

— O que você quer a essa hora, Beatrice ? — A voz de Charlie, do outro lado da linha, perguntou.

Charlie tinha a respiração acelerada e um tanto quanto falha, parecia... Ocupado, mas, ao mesmo tempo, preocupado com alguma coisa... Beatrice não sabia explicar como realmente estava a voz de Charlie.

— Estou te atrapalhando em alguma coisa? — Beatrice perguntou, mordendo o lábio inferior e apertando o volante do carro com a mão livre.

— Para falar a verdade, está sim. — Charlie suspirou. — Desembucha, mulher.

— O Harry encontrou com o Crowley .— Ela foi direta. — Mas foi um encontro... Estranho. Não tinha sido programado. Digo, não por nós. — Ela disse e Charlie ficou em silêncio por uns segundos.

— Onde está o Harry? — Charlie perguntou. — Me deixa falar com ele.

— Mas...

— Anda, Beatrice . — Charlie insistiu.

— Ele não está comigo. — Beatrice engoliu seco. — Ele ficou lá, Charlie.

Silêncio. Silêncio de ambos os lados. Beatrice apenas sentia o desespero tomar conta de seu corpo. Já Charlie, do outro lado da linha, sentia a preocupação e os piores pensamentos possíveis subir a sua cabeça.

— Vá para o prédio, Beatrice . — Charlie murmurou e desligou o telefone.

***

Harry sentia seu rosto latejar, mas ignorava a dor o máximo que podia. Tinha que continuar andando até encontrar Eric. Havia conseguido escapar de Crowley. Não, ele não fora covarde porque saiu correndo de lá, ele apenas foi esperto. Sabia que se não segurasse Rachel e caminhasse com ela em sua frente — por mais que isso pareça covarde, ele se defender através de uma mulher —, morreria. Teria que dar um jeito de sair dali. E o jeito que conseguira fora este: Caminhar com Rachel até ficar próximo a Crowley, empurrá-la com força em cima do homem e correr o máximo que conseguisse, ignorando os disparos da arma de Crowley que iam a sua direção. Jogou-se no primeiro barranco que ficava atrás de onde estavam e acabou machucando o rosto com a queda, não era um barranco alto, era o suficiente para Crowley não acertá-lo e, quando fosse procurá-lo, não encontraria por causa escuridão.
Uma buzina ecoou do outro lado do lugar e Harry soltou um suspiro pesado. Logo em seguida, subiu o barranco o mais rápido que conseguiu e correu em direção o carro  que buzinava sem se importar se Crowley ainda o procurava ou não. Abriu a porta e entrou.
Eric o encarou perplexo. Não acreditava que Harry realmente tinha achado que conseguiria alguma coisa com Nate, sendo que o rapaz sempre fora um pau mandado, estava completamente ao lado de Crowley e faria qualquer coisa para protegê-lo.

Pull Me In. (HS)Where stories live. Discover now