Prólogo

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Dezessete anos há trás
15/12/2006

Uma garotinha com poucos dias de vida foi deixada dentro de uma cesta na porta da família Barker. No meio da noite escura, seu choro era escandaloso. Acordando assim todos que viviam ali perto. Todos ali tinham uma boa audição, logo estavam se reunindo em volta da bebê.

A senhora Barker muito surpresa com a bebê, logo a pega em seus braços fazendo com que o choro da criança cessasse. Assim que a teve em seus braços viu que aquela criança era humana. Não pertencia ao seu povo. Não pertencia à cidade dos Lobos. Se perguntou como um humano havia entrado ali sem que ninguém percebesse. Ainda mais para deixar um bebê.

O alfa da matilha chegou, querendo saber que confusão era aquela. Junto dele veio sua esposa e seu filho de pouco mais de 1 ano. Sentiu seu cheiro humano de longe.

Todos estavam eufóricos com aquilo. Todos querendo saber sobre a criança.

— Alfa! Luna! — falou Elsie Barker inclinando sua cabeça em sinal de respeito. Mesmo sendo melhor amiga da companheiro do alfa. — Vejam, deixaram uma criança humana em minha porta.

A companheira do alfa se aproximou junto ao seu filho que estava em seus braços. Olhou aquela bela bebê. Ela sentiu compaixão por aquela criança ter sido abandonada tão nova assim. Mesmo sentimento que Elsie havia sentindo no momento que pegou a garotinha em seus braços.

— Quem poderia fazer algo assim! Ela é tão nova. — Ela se abaixa olhando dentro da cesta e vê uma carta. — Querido, tem uma carta aqui. — Mila, a Luna lê a carta em voz alta.

Queridos, lupinos!

Deixo com vocês meu bem mais preciso. Peço que cuidem da minha menina por mim.  Conheço as lendas e sei que são verdadeiras. Vocês não me conhecem e eu muito menos vocês. Mas sei que são pessoas boas. Me envolvi com os frios e estou prestes à partir dessa vida. E eu não tenho mais ninguém. Me disseram que com vocês ela ficaria segura. Não deixem os frios saberem da sua existência. Por favor, cuidem dela. Deem amor e carinho.
Deixo esse colar para que futuramente ela possa achar seu caminho e conhecer sua verdadeira história.
Me perdoe, minha amada filha. Queria ter te visto crescer, visto se tornar a bela mulher que vai ser. Desculpe não está presente, mas sempre estarei olhando por você.

Com amor,
Helena.


Quando a Luna terminou de ler a carta. O alfa falou.

— Tiago, terá que levar essa criança de volta para os humanos. Não podemos ficar com ela. Ela trará problemas para a matilha. — falou o alfa firme olhando para seu beta e amigo. Companheiro de Elsie.

Elsie sentiu uma dor no coração. Com poucos segundos já amava aquela criança. A deusa da lua não tinha lhe dado o dom de ter filhos, ela viu na criança humana uma esperança de ter sua família completa. Tiago percebeu isso no estante em que viu sua linda esposa com a criança em seu colo.

— Não! — falou Elsie. — Por favor, alfa. Me permita criá-la como minha. Todos sabem que a deusa da lua não me presenteou com filhos. Me dê essa chance! — ela estava implorando.

Luke, o alfa suspirou. Ele sabia que era errado. Isso poderia trazer problemas futuros. Principalmente se os frios estivessem mesmo envolvidos. Mas quando viu os olhos de sua amada companheira indo em favor da amiga. Soube que não poderia negar tal coisa. Ele tinha um coração mole, apesar de ser o mais poderoso e temido ali. Ele era um líder bom.

E sempre que sua esposa o olhava daquela maneira, não tinha nada que ele pudesse negar.

Ele olhou para o casal de amigos em sua frente, viu seus olhos esperançosos. Logo fazendo um leve manejo confirmando que a criança poderia ficar com eles. Ambos sorriram felizes com a notícia.

— Escutem todos! — falou o alfa com sua voz predominante. — À partir de hoje essa criança é filha de Tiago Barker e Elsie Barker. Faz parte da nossa matilha. Quero respeito e cuidado, assim como qualquer outro lobo. Que os frios não sejam nunca mencionados.

Todos os lobos ali presentes se curvaram aceitando de bom grado as palavras do seu líder. 

— Obrigado, meu amigo! — falou Tiago abraçado com sua amada. Ele apenas confirmou com a cabeça.

— Guardem esse colar com muito cuidado. Quando chegar a hora certa entreguem para ela. — falou o alfa para o casal.

Kyle, filho do alfa ficou inquieto no colo da mãe, fazendo com que Mila o soltasse e o colocasse no chão. Assim que ela o fez, o pequeno garoto foi em direção a criança agora adormecida nos braços de Elsie.

Elsie se abaixou para que o pequeno Kyle veja a bebê.

A maioria das pessoas já tinham voltado para suas casas. Restando poucos ali presente.

Kyle mesmo tão pequeno, quando chegou perto da garotinha, se encantou por ela. Ele passou a mão em seu bracinho sorrindo.

— Linda, mamãe! — ele falou ainda olhado para a bebê adormecida. Sua mãe agora estava ao seu lado.

— É linda sim, meu amor! — falou Mila sorrindo.

— Floles! — Kyle fala.

— O que disse, querido? — sua mãe não compreende de imediato.

— Cheira floles, mamãe! — será que era aquilo mesmo que tinha estendido.

— Tem certeza que o cheiro vem dela, meu bem? — perguntou sua mãe.

Kyle se aproximou ainda mais, cheirando a pequena bebê. Logo confirmou com a cabeça. Se virando e indo para o colo do seu pai que tinha chegado mais perto.

Todos ficaram surpresos. Já haviam escutado histórias sobre isso. Era raro, mas acontecia. A explicação de ele sentir ainda tão novo, era por ser um alfa genuíno. O sangue alfa corria em suas veias. Ele tinha nascido para líderar, assim como seu pai.

Isso só poderia significar uma única coisa. E agora eles entendiam os planos da deusa da lua. Aquela humana tinha que estar ali. Mas só poderiam ter certeza quando Kyle se transformasse pela primeira vez. Quando ele atingisse a maioridade.



Continua...

🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾

Espero que tenham gostado desse nosso prólogo. 
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Beijinhos 🥰

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