Hinata
Já faz 3 meses que estou aqui. Eu não sinto meu corpo, não sinto meus movimentos, eu só faço o que meus instintos dizem. Sangue. Sangue. Sangue. É a única coisa que penso.
Observo aquela floresta, enalo o ar a minha volta, sinto cheiro fresco e oscilante.
Corro;
Corro;
Corro;Preciso matar. Preciso me alimentar. Preciso de sangue.
Pego o meu alvo pelo colarinho, enfiando garras em suas costas, com determinação, rapidez e ódio.
Fome é o que sinto. Fome é o que mais sinto.
A minha presa se debate descontroladamente, mas não o deixo escapar, pego e afundo mais minhas garras em suas costas, e desço rasgando toda a sua pele.
A minha presa grita, um grito agudo de dor, uma dor maior que a minha?
Não
Nenhuma dor era maior que a minha.
Nenhuma fome era maior que a minha.
Nenhuma insanidade era maior que a minha.
A minha presa me bate contra uma árvore, varias e varias vezes. Meu corpo não sente o impacto, pois a única coisa que pensa é no sangue, na morte, na comida. Em tudo referente a isso, nada era pior do que a minha, nada era pior que a minha dor.
O homem então aplica algo em meu pescoço....
Homem?
Como pude diferenciar?
Não. Homem não. Uma presa.
Meu alimento.
Sinto um cansaço me abater. Tudo em mim vai relaxando, e isso me quebra, me abala, me destrói.
Durmo.
Durmo.
Durmo.
A insanidade me destrói.
Será que estou louca? Será que eu sou algo?
Não.
Sou um monstro.
Monstro.
Monstro.
Acordo, uma fome incontrolável me preenche. A maior parte do tempo não consigo controlar meu corpo, é como se algo o controlasse por mim.
Estou preza.
Presa
Presa
Presa
Como?
— Hinata, você precisa se controlar. — Uma voz, voz, voz.
Parece familiar. É familiar.
Minha cabeça doi, é aquilo que sempre consome o meu corpo, toma o controle.
— Você fez isso comigo! — Grito.
— Eu sei, estou tentando concertar você! — Diz o homem, tão familiar a voz..... Tão humana.
"Humana tola, acorde..." — Ouso no fundo da minha mente, como um sussurro melancólico, um sussurro de posse.
Humana? Não sou humana.
Não sei o que sou.
Sou um nada.Digo a mim mesma diversas vezes. Quer dizer, eu consigo dizer algo?
Minha mente gira, como se estivesse imersa em um redemoinho de lembranças. Olhos azuis, olhos azuis, olhos azuis.
Observo a minha frente, como se algo tivesse mudado no meu cérebro, como se eu tivesse acordado de um sonho.
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Foi pela paz
Science FictionDesde de sempre Lúpinos e Vampiros são inimigos, eles não se suportam, ocasionando diversas guerras, matando diversos de sua raça. Mesmo com isso os líderes dos seres nunca chegavam em um acordo, nunca pensavam no bem do povo, somente no ego e na vo...