Baltimor parte 2

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- levanta - grita uma voz enquanto sou jogada ou sei lá...empurrada para acordar.

Me levanto assustada ainda meio adormecido enquanto lançado me cutucão, olho em toda direção em busca de Kunni mas não o vejo em lugar algum.

- anda seu puta...- fala um homem fardado de azul me empurrando em direção a ponte.

- quem são vocês?! Onde está o Kunni ?

- andando ...- um outro guarda me encara de cima em baixo.

  Um calafrios vem em minha direção e para com seu cavalo na minha frente, seus olhos são como duas jabuticabas que me encaram friamente.

- matem-a - fala enquanto sai trotando com seu cavalo para longe

- não ... não - grito tentando me soltar.

Os guardas me jogam no chão olho a minha volta e não vejo nada que possa me salvar, eu quase morri mas agora vou morrer mesmo. A espada é levantada e antes que ela corte meu pescoço ouço uma voz doce e meiga como um sussurro " o tempo não espera" , a espada desce em minha direção.
  Fecho meus olhos com toda a força a espera do golpe que não vem, espero e espero  e nada, abro meus olhos de vagar e me levanto com um supetão e olho a minha volta, Kunni está escura e fria uma leve neblina sobe do rio, olho para a ponte e o sonho vem nítido.

- Kunni...Kunni ...levanta - digo cutucando o mesmo que se levanta assustado.

- o que ...

- temos que ir.

- não amanheceu e ...

- não temos tempo...sua mulher não pode esperar por muito tempo.

- está certa...mas o que houve ? - fala enquanto apaga o fogo com terra.

- vamos - digo sem mais perguntas enquanto atravesso a ponte rapidamente enquanto olho em volta a procura dos guardas.
  
  Atravessamos a ponte e adentramos a floresta, não sei como ou porquê mas tenho a intuição de que os guardas logo voltarão... voltarão não, irão aparecer. Kunni me segue bufando enquanto passamos por algumas árvores com espinhos enormes que acabam nos arranhando e perfurando.
  Andamos por alguns minutos até que vozes e barulhos de cascos batendo contra o chão me assusta Kunni saca sua espada enquanto olha em volta.

- Kunni não - digo o puxando para trás de uma árvore - eles são muitos, temos que sair daqui sem sermos notados.

- como sabia ...como ...

- não faço ideia - digo lembrando do sonho é bem estranho mas por enquanto vou manter pra mim mesma

Corremos agachados entre as árvores quando os soldados passam por nós - por um minuto cismo que ele nos viu, mas logo o mesmo prossegue e continuamos até que um apito faz meu coração congelar e todo o meu corpo paralisa.

- Baltimor !

- como?

- ele está aqui ..sinto seu cheiro.

- não sinto nada - digo fungando o ar.

De repente uma enorme multidão de materializa a nossa frente cavaleiros e soldados e bem ao nosso lado um homem montado em um garanhão negro maior que os outros, o  cavaleiro ao meu lado possui uma coroa de ossos pousada em sua cabeça na qual há vários desenhos negros que toma conta de todo seu corpo.

Uma névoa nos rodeia e tapa toda nossa visão...isso não está me cheirando nada bem, relinchos de cavalos e gritos me deixam apavorada.

- o que ?!

- não se apavorei, estamos sendo transportados.

- para onde ?

- para o abatedouro de Baltimor!

Meu LordeWhere stories live. Discover now