Assim que chegamos na vila percebo que possuem uma vida precária, as casas estão caindo aos pedaços não vejo ninguém apenas os cavalos. Desmonto rapidamente e corro para a igreja onde parece que estão todos, atravesso a porta vejo todos do vilarejo ajoelhados como se estivessem orando, mas resmungam e choram ao invés disso.
No altar de frente a grande cruz está Kunni e Riluri com uma menininha nos braços, corro em direção aos dois mas Flor me segura e me puxa pelo braço.- o que vai fazer ? - sussurra olhando em volta pra não chamar atenção.
- eles...
- estão apenas batizando uma criança - fala apontando um casal que chora - estão felizes por estarem batizando a filha.
- não é isso, Riluri está aprontando.
- amiga...tá parecendo que você está com ciúmes .
- eu NÃO estou com ciúmes - digo alternar minha voz e chamando atenção em volta.
Tem alguma coisa que deixei passar preciso saber o que é, repasso tudo em minha mente diversas vezes mas ainda não sei a resposta...acho que eu realmente estou tendo uma crise de ciúmes . Saio para fora onde encontro Aeibek olhando em volta para a floresta.
- o que está acontecendo? - pergunta apontando para a igreja com a cabeça.
- seu irmão e a Riluri estão batizando uma criança - digo respirando fundo e tentando me manter no controle...não posso chorar!
Aeibek se senta em uma pedra e faz sinal para eu eu o siga, me sento ao seu lado e coma minha cabeça explodindo e quente encosto em seu ombro.
- Luna confio em Kunni, ele sabe o que faz.
- quando se trata do amor Aeibek todo mundo fica cego ...não posso confiar nele vendo que está sendo enganado e não está vendo.
- então confie em mim ...não vou te decepcionar.
O encaro por cima de seu ombro e seus olhos me encaram de volta e em seu olhar vejo a sinceridade...esses olhos me assistam de um jeito que não sei explicar.
- obrigada - digo sentindo meus olhos se encherem - obrigada por tudo mesmo.
O povo nos cedeu uma das casas para repousarmos, mesmo em uma situação escassa nos trouxeram frutas e roupas limpas o que foi bem vinda. Depois de um banho relaxante de canequinha peguei o cálix e sorrateiramente corri em direção da floresta, com a noite se aproximando ninguém vai encontrá-lo aqui.
Conforme avanço na floresta sozinha percebo que fiz uma burrada ao vir sozinha sem proteção, mas tá aí uma coisa que minha mente nunca aprende né e não posso voltar seria uma burrice . Sem direção certa corro entre as árvores sendo seguida apenas pela Lua.Olhando pra tudo que tem acontecido nesses últimos meses, a verdade é que tudo saiu dos trilhos nada saiu como o planejado que era encontrar Riluri e me mandar pra casa...então porque ainda estou aqui, se Riluri está de volta não era pra mim ter voltado?!
Depois de alguns minutos ou até horas correndo acabo chegando a um precipício lá embaixo o mar se choca ferozmente contra as rochas, o vento frio da noite me abraça enquanto os últimos raios do sol ainda pode ser visto. A lua brilha lindamente enquanto suas parceiras aos poucos dias parceiras aos poucos começam a aparecer, me sento deixando as pernas suspensas no espaço que me separa do mar e as rochas.
O cálix em minhas mãos me faz lembrar que não tenho ideia de onde esconder, para onde ir qual caminho tomar!- pensei mesmo que estaria aqui + fala uma voz me tirando do meu mundo.
- Aeibek ...o que faz aqui?
- atrás de uma mulher meia louca ...porque não me chamou ?
CZYTASZ
Meu Lorde
General FictionA vida não poderia ser pior que perder os pais ainda na juventude, sem família à quem recorrer Luna fez amizade com um velho arco de seu pai que se tornou seu ganha pão. Mesmo não gostando da neve Luna enfrenta um dia frio no bosque em busca de al...