Capítulo Cinquenta e Um.

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          Capítulo Cinquenta e Um.

Três meses depois...

    . O dia estava parcialmente nublado e mais uma noite Cristiano havia dormido no hospital ao lado de Marcelle que permanecia em coma, já se passavam três meses e ela já teve nesse meio tempo seis paradas cardíacas e em todas, ela foi forte e conseguiu sobreviver. Cristiano abriu os olhos de leve na esperança de sua amada já ter acordado mas ao chegar perto da cama ela ainda estava com seus olhos fechados.No quarto só se ouvia o barulho do aparelho que media os batimentos cardíacos que agora estavam normais.

- Como eu queria que você acordasse meu amor. – ele acaricia seu rosto. – Se você soubesse como me arrependo daquela briga que tivemos, como tenho raiva daquele maldito dia em que você ficou nesse estado horrível. Meu amor se pudesse eu voltaria atrás e mudaria tudo, exatamente tudo. Eu sou um tolo que se arrepende e morre de medo de perder a mulher da minha vida. – ele dizia enquanto derramava algumas lágrimas inconseqüentes.

  . A porta do quarto então se abriu, e uma enfermeira que aparentava ser nova de tudo entrou, Cristiano secou as lágrimas rapidamente, pois sentia vergonha de que a mesma pudesse vê-lo chorando.

- Eu vim checar a paciente. – ela diz aproximando-se da cama e examina Marcelle, em nenhum momento desses três meses Cristiano saiu de perto de Marcelle em exceto nas últimas semanas que ele voltou para a França e pediu demissão do trabalho que o mesmo nem havia trabalhado direito.

- Os batimentos cardíacos estão tudo sob controle, a pressão arterial também, depois eu volto para trazer sua comida. – disse a enfermeira.

- Tudo bem. – falou Cristiano sem olhá-la, apenas acariciava o rosto de Marcelle.

- Ela vai ficar bem senhor, logo ela irá acordar. – disse a enfermeira encarando-o.

- Eu espero enfermeira, já não agüento vê-la nesse estado. – disse com lágrimas nos olhos.

- Relaxe, em breve ela voltará eu sinto, com licença. – disse e saiu do quarto deixando-o sozinho com ela.

- Que Deus lhe ouça, enfermeira. – disse e suspirou em seguida.

   . Depois de alguns minutos Letícia entra no quarto com os dois filhos de Marcelle.

- Por que os trouxe, é proibido! – disse Cristiano aumentando um pouco o tom de voz.

- Eu subornei o médico bonitinho que encontrei e eles me deixaram entrar, essas crianças não param de chamar a mãe, eles precisam vê-la.

- Irá traumatizá-los. – rebateu bufando.

- Cala a boca, ou você vai entrar em coma com o soco que eu vou te dar! – respondeu ela aproximando-se da cama.

- Mamãe, dodói? – perguntou Raí olhando a mãe.

- Sim, dodói pequeno. – disse Letícia e o filho inocente bateu palminhas e deu um sorriso, e então Alana com Raí em uníssono diz.

- Mamãe? – e toca sua cabeça.

 . Naquele exato momento, Marcelle abriu seus olhos devagar depois de três meses naquela cama impossibilitada, os filhos sorriram pra ela que permaneceu séria.

- Filhos... – disse com um sorriso, Cristiano e Letícia se encaravam chorando.

- Mamãe, mamãe! – os dois gritavam e batiam palmas, por fim todos sorriram com a alegria das crianças.

Amar em DobroWhere stories live. Discover now