Capítulo 25

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Maitê Kowalski

Me senti mal pelo que fiz com a Alya, mas eu realmente preciso protegê-la, até dela mesma se for preciso.

Esse Arnold é um dos herdeiros da máfia russa uma das mais poderosas do mundo e não posso tirar minha sobrinha de uma linhagem de assassinos e trazer para outra.

Quando mais cedo fui aquele restaurante e recebi somente uma carta com as informações de quem seria minha próxima vítima senti meu coração disparar, era como se faltasse chão sob meus pés.

A carta dizia claramente: "Olá Tomentação, espero realmente que faça jus ao seu nome e faça isso com a próxima vítima de suas garras. Quero destruir um a um dos Smirnovs começando pelo que tem um ponto já vulnerável. Se trata de Alya Cross sua primeira vítima, a namorada de Arnold Smirnov, quero que o faça sentir a dor da perda e por fim o destruirei gradativamente com o jogo de gato e rato que tentará fazer, mas a questão é que nessa história eu sou mesmo é o cachorro. No envelope têm fotos da vítima e locais que frequenta além de poucas informações sobre o Arnold.

Um abraço sangrento de seu novo contratador A.M"

Por mais que ele possa a amar o meio ao qual minha sobrinha pode estar sujeita é o mais frio e perverso possível e eu sei que se eu não der fim a isso, outra pessoa será contratada para isso e cedo ou tarde pode acontecer o pior. Por mais que minha identidade esteja em jogo eu irei dar um fim a isto.

....

Fiquei por horas pensando em como iria abordar o Arnold amanhã sem que a Alya estivesse e quase não me dei conta de que já passava das 00h00, quando ouvi a porta bater e ela chegar.

-Olha, chegou cedo? -zombei ela jogou a bolsa pro lado e retirou o sobretudo indicando claramente o porque de ter sido demorado o jantar, visto que ela foi a sobremesa.

-Ai tia, eu fico feliz que não estava lá... -disse e se jogou no sofá sorrindo e me fez ri também lhe jogando uma almofada.

-Então porque vão dormir separados já que foi assim tão bom? -brinquei.

-Não, não Arnold amanhã irá cedo para a empresa e me disse para ir mais tarde ao menos tomar café com você, pois terei uma reunião com o RH durante toda a manhã. -entendi o que havia dito e vi nisso uma boa forma de ter uma conversa com o Smirnov.

-Então daí ele ficou com seu vestido de lembrança? -debochei rindo dela que tentou fechar o sobretudo, e falhou.

-Mas e ai quer dormir comigo ou no quarto de visitas? -brincou e eu ri.

-Não vou dormir numa cama cheirando a sexo. -falei fazendo cara de nojo.

-Como sabe que?!.. -ficou sem entender.

-Alya, quando cheguei aqui você irradiava tesão e estava toda marcada, está claro que transaram. -pontuei simplista e ela caiu na gargalhada.

-Obrigada por estar aqui! -exclamou e veio em minha direção me abraçar, mas desviei ela esta suada de sexo.

....

Tomamos café juntas no estilo a francesa, como em muito tempo não tomávamos e logo Alya disse que iria trabalhar então sugeri lhe acompanhar e conhecer a cidade, mas na verdade eu precisava saber onde encontrar o Arnold.

Assim que Alya entrou no local nos despedimos e peguei um taxi, o qual ordenei para dar uma volta no quarteirão e voltar para a empresa.

Entrei no local e fui direto a recepcionista que foi bem cordial.

-Olá bom dia, como posso ajudar? -falou.

-Olá bom dia! Quero falar com Arnold Smirnov, diga que é Maitê Kowalski ele irá atender. -comuniquei e ela fez que sim com a cabeça e ligou.

Observei a estrutura do prédio e sem dúvidas é algo sofisticado e que trás uma ênfase masculina e predadora, mas ao mesmo tempo a feminina também predadora.

-Anunciei é no último andar, sua entrada foi liberada. -disse e agradeci, logo em seguida indo em direção ao elevador.

Quando pisei fora da caixa de metal, fui recepcionada ou melhor escoltada a sala de Arnold.

-Bom dia senhorita Kowalski. -Arnold disse vindo em direção a mim e fechando a porta em seguida.

-Somente Maitê. -falei me virando a ele.

-Sente_se por favor. -disse apontando para o local e me sentei e diferente do que pensei ele se sentou frente a mim. -Suponho que tenha vindo aqui para saber minhas intenções com sua sobrinha. -pontuou me analisando perfeitamente.

-Não, não a Alya esta muito grande pra tal constrangimento. -falei e ele deu um sorriso frio e passou a mão pela barba rala.

Apoiou-se no recosto da cadeira e com uma perna sobre a outra apoiou o cotovelo, levando a mão a barba que massageava.

-Bom, pois diga. -disse.

-Vou ser breve e direta como sempre fui. Quero que se afaste da minha sobrinha! -exclamei e ele riu como se fosse uma piada. -Falo sério, quero que a demita, termine com ela a expulse por completo de tudo ligado a você. -com a sobrancelha arqueada me ouvia massageando o maxilar.

-E o que te faz pensar que eu vou fazer isso? -questionou modificando a expressão, mas sem retirar os olhos de mim.

-Estar com você a põe em risco você é um perigo iminente para a Alya. -riu diabólica e ironicamente.

-E com você é muito melhor? -ironizou.

-Sou a família dela, e você é um mafioso. -exasperei.

-E você um assassina Maitê, uma assassina de aluguel estar comigo é arriscado e com você é suicídio. -berrou batendo a mão sobre o braço da cadeira.

-Você não entende, eu não vou deixar a Alya viver isso de novo Arnold. Eu daria minha vida pra proteger ela.. -argumentei aumentando também o tom de voz.

-Eu dizimaria a porra do mundo por aquela garota e se for preciso morro mil vezes por ela. -sentenciou.

Realmente senti que falava a verdade, e vejo o amor nos seus olhos, mas isso não basta.

-Arnold, você não sabe onde está enfiando a minha sobrinha.. -esclareci preocupada.

-Eu não vou enfiar ela nisso Maitê! -exclamou.

-Mas ela entra, ela entra justamente porque a ama. Ela entra porque ela é o seu ponto fraco. -esbravejei por fim e no mesmo instante um silêncio se instaurou entre nós.

Ele sabe quem eu sou, eu sei quem é ele, mas a Alya não faz ideia de quem realmente somos nós.

Arnold- Spin-off de Os Ceos da MaffiaWhere stories live. Discover now