Capítulo 29

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Arnold Smirnov

Os segundos se pareciam horas a cada vez que eu pisava mais no acelerador e a distância em quilômetros se diminuia, no meu coração parecia que aumentava a dor e se distanciava ainda mais. Por mais que eu devesse pensar positivamente as coisas que ele escreveu naquela mensagem me faziam pensar totalmente ao contrário.

Quando estacionei o carro e olhei pro lado pude ver o semblante de raiva e dor de Maitê, que destravava a arma e colocava um silenciador. Sabiamos que podia ser suicídio vir sem mais homens, mas queremos pegá-los de surpresa e o local é uma espécie de casebre abandonado no meio do nada, pois o bairro parece mais morto que vivo, talvez por conta do frio as pessoas já não estão mais morando neste lugar que fica mais atingido pelas brisas quem vêm de longe do mar.

Saimos do carro e preferimos adentrar por meios diferentes, sinalizei com a cabeça para a Maitê e fui por uma entrada ao lado que visualizei depois de termos feito uma vistoria do local, ela sinalizou em positivo e preferiu entrar pela frente.

Fui na frente e com cautela e sem fazer barulho com a arma na mão me esguichei lentamente por um corredor quando vi mais a frente a Alya, meu coração naquele momento se cumprimia ainda mais, ela estava com os braços amarrados e esticados em duas extremidades e completamente nua, aparentemente quase inconsciente pois mal erguia os olhos ao homem que estava a sua frente com uma faca na mão que provavelmente usou para machucá-la, pois seu braço sangrava. Quis correr até lá e retirar a Alya dali, mas seria idiotice e por mais dificil que pudesse ser teria de agir com frieza, por estar numa posição que não podia ser visto pensei em logo atirar no maldito a sua frente e assim que o fizesse, todos que podiam estar ali mesmo eu não vendo se voltariam a mim e daria tempo provavelmente de Maitê entrar salvar ela, porque a minha alma já está condenada ao inferno, mas a dela eu não posso pôr nisso tudo. 

Ergui a arma em direção ao maldito, estava prestes a puxar o gatilho quando senti um frio atingir minha cabeça e ao olhar pro lado ver que se tratava do cano frio de um revólver.

-Nem um passo. -disse baixo um homem, em seguida sentir outra arma na minhas costas. -Me entrega a arma. -disse e por mais que fosse contra a minha vontade a entreguei, em seguida recebi uma coronhada na cabeça que logo fez o sangue jorrar na minha testa depois meus braços foram segurados.

-Demorou demais Arnold.. -o homem que estava de costas agora se virou a mim revelando sua face que me trouxe uma familiaridade que eu não quis confirmar a mim mesmo.

Fui arrastado pelos homens até ele e vi o rosto de Alya claramente com marcas de tapas se virar a mim, amedrontado e indefeso.

-O que você quer? Quem é você? -gritei perguntando e recebi um soco na boca que fez-me sentir o gosto do sangue.

O homem se aproximou de mim e com força deu mais dois socos em meu rosto e uma joelhada no meu estômago, me fazendo soltar um gemido de dor.

-Seja lá o que quer comigo, já me tem, soltem-na.. -falei quase que em tom de suplica ao vê_la daquele jeito por minha causa.

-Oh não, agora que vai tudo ficar mais interessante, não, não.. -disse com uma risada demoníaca nos lábios.

Ele andou e foi até Alya, deslizando a mão desde os seus seios até o rosto que apertou com força, em seguida deu_lhe um forte tapa. Me senti imponente, fraco vulnerável e preferia morrer a ver ela assim.

-Seu maldito, não toque nela.. -gritei e ele se virou a mim outra vez como se fosse um jogo maldito.

Ao se aproximar de mim abriu brutalmente minha camisa e em seguida pegou em suas mãos uma navalha, a qual mesmo que superficialmente passou em minha barriga fazendo logo o sangue derramar.

Arnold- Spin-off de Os Ceos da MaffiaWhere stories live. Discover now