Capítulo 35

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Casagrande

-Dormi quase nada, mente atribulada de tanta coisa que tá acontecendo. Acham que vida de bandido é só luxo e curtição, mas no meu caso é muita responsabilidade tá ligado? Tem alguém querendo me derrubar e é dos nossos, Professor me ligou puto que teve um ataque ao mesmo tempo, roubaram várias cargas que estavam a caminho de alguns morros! Os caras tinham informação das rotas
sabiam tudo, lógico que foi dado. Agora é correr atrás do prejuízo, repor a mercadoria e descobrir quem tá querendo me foder.
-Passo na padaria bater um rango e parto pra boca. Tô na espera do Cerol,foi investigar a versão da história da Alice, isso tá me incomodando desde o início, todo jeito de tá contando a história pela metade, sacou? Meu irmão é bom nisso com aquele jeito dele todo engraçado, chega fazendo amizade e o povo canta que nem passarinho.
-Acendo um pra relaxar,ele entra na minha sala com um sorriso na cara que me mostra que vem merda,já que ele detesta Alice e com certeza achou furo.

Casagrande: -Fala irmão, tá contente por quê?
Cerol: -Te falei que essa safada era suspeita! Nunca prestou e manipula todo mundo!
Casagrande: -Solta a voz parceiro!-digo sério
Cerol: -Então...a história é que o tal playboy é viciado pra caralho, quando enche o cú de droga descia a porrada nela, mas diz que ela torrou a grana dele tudo que pode, que metia chifre no cara pra porra, diz que o tal marido tá cheio de dívida com traficante, ela foi vista várias vezes descendo de um carrão,com um homem com tatuagem! Sacou?
Casagrande: -Tô ligado faz tempo,não cheguei até aqui sendo otário, mas tu sabe que nunca faço nada sem ter certeza e de cabeça quente,
Mas muita coincidência a mina reaparecer depois de 11 anos bem depois daquela treta toda lá né?-falo sério.
Cerol: -É isso! Agora vai fazer o quê?-cruza os braços me olhando.
Casagrande: -Volta lá assim que puder e mostra a foto do nosso suspeito pra confirmar quem era o cara que ela anda.
Cerol: -Filha da puta tá de troia!-fala puto
Casagrande: -Bagulho agora é descobrir quem tá por trás e o que quer e depois vai ser sem leme! Vai torrar os 2 nos pneus pra virar exemplo!-falo muito sério.
Cerol: -Tá certo irmão, tamu junto sempre!
Casagrande: -É nós por nós até o fim!
Cerol: -Vou me adiantar que com a ida do Bravo para o Paraguai pra negociar as drogas o bagulho tá doido por aqui! - fala fazendo toque e sai fora.

-Pego meu rádio e chamo Ogro, meu de fé.

Ogro: -Fala tu patrão!-chega fazendo toque.
Casagrande: -Alice tá no hospital ainda?
Ogro: -Tá sim chefe! A morena lá fez um estrago grande nela. Tava fazendo exames, raiox e essas paradas. Foi o papo que minha mina que é enfermeira me deu.
Casagrande: -Se liga, quando sair do hospital quero um de confiança na cola da Alice, discreto. Se ela sair do morro vai atrás. Quero saber todos os passos.
Ogro: -Pode considerar feito patrão!-diz firme, assim que eu gosto.
Casagrande: -Já é então! Vai lá.
Ogro: -Fé patrão!-faz o toque e vai.

-Finalizo uns B.O. que tinha pra resolver e ligo para o professor dando o papo do que tá rolando e do que decidi fazer. Ele me dá uns conselhos, aceito porque considero pra caralho.
-Sou estrategista entende? Pego visão de tudo, penso com sangue frio o que fazer e por último vou agir.
-Pego minhas coisas subo na moto e parto pra casa da Flávia. Tanta parada pra desenrola
nem tive tempo ainda de ir no barraco dela. Paro, bato e espero. Lá vem a Rafa atender e me manda entrar e sentar que a outra tá tomando banho.
-Demora da porra, tô quase levantando pra ir embora e la vem aquela Diaba num vestidinho amarelo colado, bem simples mas que mostra a pele bem bronzeada, marquinha estalando e aquelas curvas do caralho que tira a sanidade.
Me olha de cara feia, oh mulherzinha difícil, cruza os braços e fala:

Flávia: -Já não falei pra me esquecer? Quer o quê aqui?-fala emburrada
Casagrande: - Nem começa, não falei ontem que vinha conversar?-falo sério.
Flávia: -Cara já tenho problema até a cabeça e tu vem me trazer mais?-fala braba.
Casagrande: -Meu que problema, tu nem sabe o que vim falar poh!-digo irritado já.
Flávia: -Daqui a pouco tua fábrica de loiras tá fazendo fila na porta pra me perturbar!-revira os olhos.
Casagrande: -Tu não quer resolver o problema da tua mãe? Então, engole o orgulho e escuta.
Flávia: -Não vou vender drogas Casagrande! Nem pensar!-fala assutada,só rindo.
Casagrande: -Namoral Flávia senta a bunda aí e ouve até o final e caladinha. Vou te fazer uma proposta!-cruzo os braços sério.

O que vem por aí? E como Flavinha orgulhosa vai reagir?

À Flor da PeleWhere stories live. Discover now