Capítulo 93

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Ogro
Bonus

-Satisfação Rafael Lima mais conhecido como Ogro, mais engraçado nesse vulgo é que não sou bruto, quando tô no meu plantão aí sim fico posturado, cara feia mesmo mas fora dali quem me conhece sabe, sou um cara que faz de tudo por quem se importa, pulo na bala e já era!

-Tenho 30 anos bem vividos, já fui da putaria mas hoje tô suave, tô mais velho, querendo sossegar, construir família o difícil é achar a mina certa.

-Quando eu curto a pessoa me jogo legal, sou intenso, trato bem, agrado, protejo, elogio, sem frescurinha, sem joguinhos é papo reto. Se eu quero vou ficar me fazendo porque? Aqui é bandido romântico pô!

-Meu pai seu Bernardo foi meu maior exemplo, meu herói, meu amigo,saca? O cara era sujeito homem real, papo dele não fazia curva, tratava minha mãe Dona Vitória como uma rainha e por isso ela ficou mais mimada do que já era.

-Meu avô materno tinha uma casa clandestina de jogos, eles tinham uma condição boa, minha mãe era patricinha, só que ele quebrou, o erro é que tu pode viciar os outros no jogo mas não pode te viciar. Véio começou a perder mais do que ganhava, faliu.

-Meu pai tinha uma loja de carros usados junto com seu sócio Jorge, quando meu coroa morreu o esperto tomou a loja pois tinha feito seu Bernardo assinar vários papéis doente e o véio nem leu. Um dos deles era a venda da loja mas a gente nunca viu um real.

-Minha mãe surtou real, não aceitava ficar na miséria, tenho uma irmã oito anos mais nova Valentina, ficava mal de ver a mãe assim e ainda tinha perdido o pai.

-A gota d'água foi quando Dona Vitória tomou tudo que era comprimido tentando se matar e a minha irmã que achou ela, me ligou eu tava procurando emprego na rua.

-Mano surtei valendo, quando ela deu alta do hospital fui atrás do fdp do Jorge, a gente brigou feio, me descontrolei bati nele sem parar, tava cego irmão. Matei o cara a porrada, depois que passou o choque eu fugi.

-Fui em casa contei pra minha mãe, reação dela foi dizer que ele mereceu, me mandou ir pra algum lugar seguro. Nessa eu já subia pra Rocinha pra comprar minha maconha, pegar as novinhas, ir a baile com uns outros parceiros que curtiam lá.

-Tinha uns mano do tráfico que trocava um papo legal, Cerol era um deles. Fui pro morro, contei tudo pra ele, pedi pra entrar movimento, mas palavra final era do Casagrande.

-Cerol me levou até ele, mandei o papo, agi na transparência,o cara me abraçou e ali ganhou minha lealdade. Me conseguiu um barraco pra ficar, comecei por baixo como todo mundo mas um dia entrei na frente de uma bala que era pra ele, depois passei a ser o chefe da segurança do cara e tô aí.

-No dia do tiro que acabou pegando de raspão no ombro fui no postinho, a enfermeira que me atendeu era uma deusa de ébano, mano que perfeição de mulher, rosto desenhado com pincel só pode, olho claro, um sorriso que quebra o vagabundo, linda, educada, delicada , inteligente, gamei.

-Mina desenrolou um papo maneiro quando vi tinha acabado tudo, desenrolei o telefone dela, a gente se falava todo dia, até que convidei pra sair na caruda, ela topou. Fomos num lugar calmo mas legal, tempo passou que nem vi. Na ida pra casa ataquei aquela boquinha e pqp delícia de beijo, deixei ir não forcei nada tô ligado que a Preta é diferenciada.

-Depois foi só sucesso, pensa numa química fora do comum,que mulher irmãos.Já é minha e nem sabe, Minha Pretinha do Poder!

-Vagabundo não pode ter sossego mesmo, Bárbara começou a se afastar, me dar um gelo mas comigo não têm essa, problema foi feito pra resolver,fui pra cima chamei pra conversar.

-Pô Bárbara tava com altas neuroses nada a ver mas então entendi que aquele fudido do ex dela tinha ferrado a mente da mina, só não vou na direção dele por causa da Pietra.

-Mas ele que venha bancar o galo de briga pra cima da minha Pretinha do Poder que vou ensinar ele a ser homem rapidinho!

-Bandido aqui foi laçado esquece, vou querer essas ratazana que passam de mão em mão? Vou nada, um homem com uma mulher dessas não quero guerra com ninguém!

-Pietra foi pra casa do cuzão passar o final de semana, convenci minha Pretinha do Poder a ir no Pagode comigo e depois vir ficar aqui em casa.Foi uma luta,dizendo que ia ficar ouvindo piada das marmitas mas não são nem doidas nunca tive nada com ninguém, era pente e rala.

-Sempre fui nojento pra mulher, hoje mais velho piorou. Tô sendo purão com a Bárbara, quero papo de futuro mesmo, eu, ela, a Pretinha Mirim que é uma miniatura da mãe, linda, amorosa e mais adiante uma cria nossa.
Mas como que faz essa teimosa acreditar?

-A gente acordou, tava no banho ouvi vozes na sala e Bárbara me chamando, coloquei uma roupa e fui. Quando cheguei lá era minha mãe, uma surpresa Dona Vitória detesta favela, subiu porque precisa de algo.

-Apresentei Bárbara que tava com um cara nada boa como minha mulher pra ela ver que tô levando a sério, já ia conhecer a sogra.

-O que eu não esperava era minha mãe dar o chilique dela, mas quando chamou minha deusa de encardida mano fiquei cego de raiva, peguei do braço abri a porta e botei pra andar.

-Fiquei malzão pela mina, decepcionado com minha mãe, atitude escrotona mané! Sempre foi esnobe, cheia de frescura mas ela passou todos os limites e não vou aceitar isso.

-Deitei no sofá com minha mulher, pedi desculpa umas mil vezes e fiquei fazendo carinho nela e curtindo nosso domingo. O que Deus uniu o homem não separa e essa aqui certo que foi ele que me mandou.

À Flor da PeleWhere stories live. Discover now