Eles me querem 🗣

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Não tinha outra pessoa para ficar com ele? - Tom pergunta, enquanto passo pano no balcão.

O bar estava cheio, então não conseguia dar muita atenção para eles.

Era só eu e minha mãe. — respondo enquanto entrego uma cerveja para outro cliente — Meus padrinhos já fizeram muito quando cuidaram de mim, a responsabilidade era minha. — dou de ombros.

— Deve ter sido difícil! — Bill fala — Você era nova e ter que cuidar de um bebê... — Os encaro e vejo que estão sendo sinceros.

Fácil não foi! — dou uma risada —Na verdade quase não consegui adotá-lo, pois eu estava quase me formando e não tinha um serviço fixo, mas deu tudo certo.

Você se arrepende? — Tom pergunta e Bill me encara.

De ter pego ele? — eles assentem — Nenhum momento, ele é a melhor coisa que aconteceu na minha vida! — eles ficam estranhos.

Precisamos ir. — Bill se levanta e deixa uma nota de 100 dólares no balcão —Tua gorjeta.

Tchau, Bia. — Tom fala e sai.

Não entendi nada, mas também não posso fazer muita coisa. Os homens quando descobrem que sou mãe se afastam, como se eu quisesse que eles fossem o pai do meu filho. Chega a ser patético.

Continuo meu serviço, até que resolvo tirar um intervalo. Vou para os fundos do bar e acendo um cigarro.

Fumando escondida? — olho para o lado e vejo Bill. Ele sorri de canto.

O que tá fazendo aqui? — trago mais uma vez e olho para ele.

Não queríamos que ficasse com uma impressão ruim de nós, por termos saído daquele jeito! — Tom aparece e se junta a nós e acende um cigarro.

Tranquilo, não estou procurando um pai para o meu filho, se é isso que pensam.

Eu sei! —Bill responde e o interrompo.

Eu trabalho, não preciso de ninguém, muito menos meu filho. Achei que éramos amigos, apenas isso. — eles se olham, depois para mim.

Podemos ser mais do que isso! — Tom dispara e eu olho para ele sem entender — Só você querer.

— Oi? — pergunto, buscando saber se escutei o que o que acho que escutei.

Tom se aproxima de mim e Bill faz o mesmo. Ambos estão tão próximos que consigo sentir o cheiro de menta misturado com cigarro em seus hálitos.

Nós dois queremos você! — Bill fala e coloca sua mão na minha cintura.

Pode ter tudo em dobro, sem precisar escolher. — Tom sussurra em meu ouvido, me deixando arrepiada.

Vocês são loucos! — estou sem respirar.

Não consigo lembrar como se puxa o ar. 

É só você dizer sim e ser nossa! — Tom praticamente ronrona. — Prometo que não vai se arrepender! — passa os dedos em meus lábios.

Não consigo respirar.

Como assim ser de vocês? Eles estão viajando. Saio do meio deles e consigo recuperar o ar que tinha me faltado.

Que porra é essa?

Queremos você, Bianca! — Bill é explicito.

— Sim, os dois.

Melhor ainda. —Tom dá aquele sorriso de canto, aquele capaz de te fazer pular na frente de um caminhão, se essa for a vontade dele. — Não precisa escolher com quem ficar, pois vai ter os dois para você.

— E você será só nossa! — Bill completa.

Vocês são doentes!— os deixo sozinhos e entro no bar, com a cabeça já a mil. Não demora e eles aparecem e sentam-se próximo ao balcão.

— Bianca. — Tom me chama, mas olho para baixo e começo a fingir que estou mexendo em alguma coisa imaginária nas gavetas do balcão. — Olha para mim! — ordena, então respiro fundo e levanto meu olhar para ele. — Queremos você e sabemos que você também nos quer.

Vou esvaziar o bar para caber teu ego. —  debocho — Você é muito convencido, Kaulitz!

Eu tô mentindo? —  assim que sua pergunta sai dos seus lábios sinto uma par de mãos envolver minha cintura. Travo, já sabendo quem fez isso. Meu cabelo é posto para o lado e não consigo me mexer. — Então porquê você reage dessa forma quando o Bill faz isso? — ele beija meu pescoço e a sensação é boa. Muito boa. Tão boa, que não me mexo um milímetro sequer, porque não quero que pare. Ele desce do meu pescoço para meu ombro, depois logo abaixo do lóbulo do meu ouvido. Longos segundos se passam, até que Bill sai de trás de mim e fico parada sem reação. 

Volto a respirar quando um cliente pede uma cerveja.

— Vaza, que ela está ocupada. —Tom fala, de forma sombria e o homem arregala os olhos e sai de perto.

Você é louco? — pergunto chocada — Não pode fazer isso com meus clientes.

Tua atenção é nossa agora! — enfatiza, sério — Sai com nós hoje e podemos te mostrar como isso pode ser bom.

Eu não vou fazer isso, até porque... — olho o relógio — Preciso ir buscar meu filho. — tiro o avental, vou em direção a cozinha e pego minha bolsa.

Respiro umas dez vezes antes de dar o primeiro passo para sair.

Vamos te levar. — Bill fala quando saio da cozinha.

Eu estou de carro. — tento sair, mas Tom pega meu braço.

Deixa aqui que te levamos.— olho para seus dedos grandes envolvendo meu braço magro. Sua mão é bonita, mesmo por baixo dos calos e cicatrizes. 

Solta meu braço! — ele sustenta meu olhar, mas faz o que peço. — Eu vou no meu carro, Kaulitz. Boa noite.

Eles vêm atrás de mim, não aceitando um não como resposta.

Isso deveria estar em um museu! — Tom se refere ao meu carro e eu o encaro, de cenho franzido.

Vai a merda! — disparo! Abro a porta e jogo minha bolsa no banco de trás.

Sai com nós ?—Bill se aproxima, coloca uma mecha do meu cabelo para trás. Tom se aproxima e me encara, de um jeito predador.

Que loucura isso! — começo a rir e rio ainda mais quando eles também gargalham. 

Os empurro delicadamente e entro no carro, mas eles se penduram na janela.

— Não vamos desistir! — Bill dá o aviso. — Nós te queremos! — Tom o completa.

E resolveram falar assim, sem um pingo de delicadeza? — coloco o cinto de segurança e balanço a cabeça para tentar espantar todas as sensações que eles me causaram. — Preciso ir.

— Vamos te ligar! —Tom fala e ligo o carro.

Saio e os deixando plantados.

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Eu no lugar dessa muié já tinha aceitado. Meu Deus, imagina dois homão desses te querendo?

Gostaram? Não esqueçam de curtir e comentar para eu saber o que estão achando.

Beijos 💋
S.




Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZWhere stories live. Discover now