Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZ

Dominação 🔞

Assim que estou dentro do quarto, o cheiro característico preenche o ambiente. As luzes estão em meia luz, como se um toque sombrio fosse dado a todos os adornos que ali estão. Sinto minha barriga contrair e meu corpo todo tremer. Levo meus dedos a coleira que está em meu pescoço e sinto a textura do couro. Percorro o cômodo com os olhos e apesar de não notar nada de diferente, sinto que algo está... estranho. Não estranho, mas que tem alguma coisa que eu não estou percebendo. Balanço a cabeça, tentando afastar os pensamentos e obedeço os comandos deles. Me sento se joelhos, com a cabeça baixa. Apoio minhas mãos nas pernas e tento controlar minha respiração, que está ficando descompassa com a ansiedade crescendo.

As luzes se apagam, fazendo-me olhar para os lados por um instante. Não escuto a porta sendo aberta, então sei que estou sozinha. Um arrepio passa por todo meu corpo quando apenas uma luz fraca, em cima da barra de ferro se acende. O ranger da porta sendo aberta me faz olhar para minhas mãos pousadas em minhas pernas e sinto minha garganta secando. O som da chave sendo girada na maçaneta me faz tremer ainda ainda. Passos se aproximam, pisando firme no carpete. Estou de cabeça baixa, quando o calor de dois corpos param cada um ao meu lado. Pressiono as unhas em minha pele, raspando e sentindo arder. Eles sabem exatamente o poder que tem sobre mim. A única coisa que escuto é minha respiração pesada. Quero olhá-los, mas o medo me impede de fazer isso.

Algo toca meu ombro, me fazendo dar um gemido baixo de susto. A textura dura percorre meu ombro, sobe pelo meu pescoço e me faz erguer a cabeça quando toca meu queixo. Sob a meia luz, vejo os olhos de Bill escurecendo, cintilando, sendo tomados pela... fome. Um suspiro raso escapa dos meus lábios e minha intimidade se contrai por ele. A pressão em meu queixo faz com que eu olhe o que está em suas mãos. Uma chibata de couro.

Engulo em seco e um sorriso sádico surge em seus lábios. Um click em meu pescoço me tira a atenção dele e quando olho para baixo, vejo uma longa corrente presa. Tom a puxa com força para frente, me fazendo ficar de quatro e minha bunda arde em seguida. Tento olhar para trás, mas ele me puxa novamente, me fazendo engatinhar até ele. Fico novamente de joelhos e ergo meu olhar ao Tom, que passa a língua em seu piercing, calmamente, sem desviar seus olhos dos meus, como se me hipnotizasse. Bill se aproxima e fica lado a lado com o irmão. Os dois imponentes, grandes, sombrios. Em seus olhares consigo ver tudo. Desejo, fome, luxúria, tesão... Suas respirações estão pesadas. A veia saltada em seus pescoços e a forma como suas mãos se apertam nos adornos, me fazem morder o lábio e olhar para baixo. Ao mesmo tempo que estou com medo, meu corpo está entrando em ebulição de ansiedade. Depois de tanto tempo, ainda me sinto rendida aos desejos deles. A ponta da chibata toca novamente meu queixo, erguendo meu rosto até encará-los. Olho-os de cima a baixo, gravando cada parte dos seus corpos em minha mente. A dominação é a arte que eles comandam e agora, não há nada que eu não faria pelos meus dominadores. A voz grave de Bill me tira do meu transe.

—Esperamos pacientemente até você se recuperar por completo — sua voz preenche o ambiente — E hoje, você mostrou que ainda é aquela garotinha muito desobediente, Bianca — seu tom baixa quando pronuncia meu nome — Ninguém — fala entredentes — Ninguém vai tocar em você, além de nós — Tom puxa a corrente para frente, me fazendo ficar de quatro novamente — Você queria que te machucássemos, não é? — uma chicotada acerta meu seio, me fazendo morder o lábio para segurar o grito. Ele se aproxima, sua mão envolve meus cabelos e me faz olhar diretamente para ele — Não imagina o quanto eu desejei que esse momento chegasse — larga meus cabelos e volta para o lado do Tom, que dá mais um puxão na corrente, me fazendo engatinhar até para na sua frente. Minha barriga se contraí ao vê-los nessa posição.