Capítulo 14 - Cortes de Cabelo e Visitas Domiciliares

64 5 0
                                    



CAPÍTULO 14 : CORTES DE CABELO E VISITAS DOMICILIARES


Eles ficaram acordados por horas naquela noite esperando que ele voltasse. Potter preparou três xícaras de chá e eles se sentaram na sala de estar, cada um tentando, e falhando, ler um livro diferente.

Por volta de uma da manhã, Draco decidiu quebrar o silêncio.

- Acho que devemos ir embora, então.

Potter ergueu os olhos de A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore.

- O que você quer dizer com ir embora?

- Quero dizer, ele é o Guardião do Segredo, Potter. Se ele for pego, pode entregar este lugar.

- Ele não será pego - disse Potter. - O que você acha, Rony vai entrar no Beco Diagonal e dizer, Oi pessoal, estou de volta?

- Onde mais ele deveria ir? - Draco disse friamente. - Você pode ter certeza de que a Toca está sendo vigiada e aquele apartamento dos gêmeos. Se ele tentar se esgueirar para um desses lugares no meio da noite...

- Ele poderia viajar de volta para Hogwarts - disse Hermione em voz baixa da poltrona mais próxima da lareira. Ela chorou silenciosamente por meia hora, mas obviamente estava tentando esconder que Draco não disse nada. Ela parecia ter encolhido para três quartos de seu tamanho habitual desde que Weasley partiu: seus ombros estavam dobrados, suas pernas apertadas juntas como se ela tivesse sido colocada sob o feitiço Locomotor Mortis. Até o cabelo dela parecia murcho, pelo jeito que ela o penteava ansiosamente.

- Afinal, - ela disse. - ele deveria ter estado na Toca com Spattergroit o tempo todo. Eles nunca souberam que ele estava conosco. Talvez agora, com Tonks e Lupin fugindo, ele queira ficar perto de Gina.

- Snape está lá - disse Potter cansado. - Se aquele imbecil nojento suspeitar e aplicar legilimência nele, ou lhe passar Veritaserum furtivamente... - Potter balançou a cabeça. - Rony vai encontrar uma maneira de entrar em contato com seu pai. Eles vão levá-lo de volta para a Toca de alguma forma, e ele pode fingir que ainda está se recuperando de seu Spattergroit até que esfrie. Ele vai ficar bem.

Draco queria dizer a Potter que ele estava sendo um idiota otimista, mas descobriu que não podia se incomodar. Ele ainda podia ouvir a voz de Weasley dizendo, Você esteve ocupada guardando segredos com um comensal da morte. Ele ficou surpreso com a maneira como as palavras o atingiram. Por que ele se importava que Weasley ainda olhasse para ele e visse um comensal da morte? Não era como se fosse uma grande surpresa. E quando ele deu a mínima para a opinião de Weasley?

Ele se perguntou por que se importava com o que alguém pensava dele, neste momento. O pai de Crabbe ou o próprio Crabbe ou Weasley ou o resto do Mundo Mágico. Ele sabia o que era, e isso deveria bastar.

Ele estava razoavelmente certo de que sabia o que era, de qualquer maneira.

- Mas Draco está certo - disse Hermione com mais força. - Devemos estar preparados para o pior caso.

- Eu não vou embora - disse Potter. - Nós trabalhamos muito neste lugar, Hermione.

Hermione suspirou.

- Bem, então teremos que estar alertas o tempo todo. Vou arrumar minha mala com o essencial. A horcrux, a tenda, Polissuco, alguns livros. Vocês dois, arrumem algumas vestes para eu colocar também. Vou manter a bolsa comigo, e se ouvirmos alguém aparatar e Rony não disser que é ele, desaparatamos imediatamente para aquela caverna que usamos em nossos antigos exercícios de fuga, certo?

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃODonde viven las historias. Descúbrelo ahora