O maior sonho de Rosalie Lillian Hale sempre foi ser mãe, porém depois que se transformou em vampira esse desejo se tornou inalcançável. Até que um dia, em uma caçada, a loira e o marido, Emmett, encontram uma linda bebê abandonada no meio da flores...
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Eram os olhos, eu tinha certeza. Aquelas esferas cor de whisky mexiam comigo, me faziam pensar em todos os pecados que eu posso ter cometido e imaginar o quão grave seriam os que eu poderia cometer. Sua postura evidenciava o quanto de sua boa vontade estava sendo depositada naquela conversa que teríamos. Mee ajeitei na cadeira, desviando os olhos para a janela, as folhas verdes das árvores nunca pareciam perder a cor, mesmo quando o inerno rigoroso chegava.
- Então...vai ficar olhando o mato lá fora, esperando ver o cachorro camuflado em meios à todo aquele verde, ou falar alguma coisa?
Respeitei sua fala ácida porque sabia os motivos que tinha e sabia mais ainda o quão certa ela estava em se preocupar. Mesmo que a minha parte mais infantil batesse o pé sobre a confiança que deveria ter em mim.
Mirei seu rosto inexpressivo. Muitas vezes vi minha mãe irritada com os outros. Presenciei muitas desanvenças dela, principalmente com membros da nossa família e amigos que eles possuíam em outros clãs, até mesmo nômades. Rosalie Lillian Hale era imbatível, uma verdadeira máquina venenosa e assassina. Mas como eu disse, seus combates eram com os outros, nunca comigo. Por isso, ver minha mãe usar sua máscara de passiva-agressiva comigo era mais assustadora do que qualquer coisa no mundo.
Os nômades que matamos deveriam ter tido medo dela, não de mim.
Respirei fundo. Era hora de expor os meus sentimentos ocultos, nada agradável quando se passa tempo demais lidando com as emoções dos outros.
- Quero conversar sobre essa situação - ignorei toda e qualquer investida ácida que iniciava fazer; precisava olhar para minha mãe, olhá-la de verdade - Não gosto de para onde as coisas estão indo.
A mulher deu um único sinal de que concordava, sua boca se crispou brevemente antes de cruzar os braços.
- Lembre-se de que você está nessa situação porque desejou. Poderíamos ter resolvido esse problema há muito tempo.
- Como?
-Você sabe como. Nada disso era para ter acontecido. O cachorro ter um imprint por você de repente, do dia para a noite, não te incomoda? Ter a sua vida arruinada tão facilmente pelo inimigo que você ama sem conhecer?
Pronto. Lá estávamos nós novamente. Pensei que já tivéssemos resolvido isso.
Suspirei a maior quantidade de oxigênio que pude antes de te responder:
- Achava que já tinhamos passado dessa fase, mãe - cruzei as mãos em cima da mesa de mogno da sala de jantar dos meus avós; todos tinham se retirado e não me dei ao trabalho de ler suas mentes para saber onde foram, mas podia sentir a mente de Jasper perto do riacho e a de Edward em alguma localização nos arredores da propriedade. - Eu sei que deve ser difícil essa coisa toda não só para você como para todos os outros, mas tem coisas que não estãos em nosso controle. Já conversamos sobre isso.
