Espectro da Meia Noite- Império das Sombras/ Livro II ( EDMN II) - Sinopse:
Meses após os acontecimentos que agitaram a cidade de Hélios, Éros Kinsey busca formas de associar sua nova posição como Príncipe do Conselho Monard com a sua nova vida de u...
A cada passo dado, a garganta de Rebecca se fechava mais.
Ela ergueu o rifle até a altura do queixo, mirando para os lados onde olhava.
Théo estava desacordado. Rebecca apenas torcia muito para que ele não se lembrasse do que aconteceu. Agora que o consciente estava faltando mais alto que o inconsciente, ela podia ver o quanto estavam sendo imprudentes.
Eles quase...
Rebecca balançou a cabeça, espantando aqueles pensamentos. Deus! Tinha alguém cercando o hotel! Ela tinha coisas mais importantes para se preocupar!
Não era para ter ninguém ali. Se o Satre estava interditado, apenas as pessoas que já estavam ali, deveriam estar ali.
Rebecca mirou a arma para o corredor em que ia virar. Ela percebeu que a entrada que ligava o hotel ao Submundo estava aberta. A mentalista pulou as ruínas e engatilhou o rifle, o mirando para escuridão.
Nada manifestou-se.
Nada além da densa névoa que cobria a tudo.
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Não era certo evitá-lo.
Principalmente quando Daniel não sabia o que ele sabia.
Como Éros podia continuar com aquilo sabendo que ele tinha sangue Mendici nas veias? Como podia continuar com algo que estava fadado ao fracasso?
Depois de dois ciclos, era impossível acreditar que as coisas podiam ser diferentes... Exceto por...
... Azul...
Qual era a função dela naquilo tudo?
Éros coçou o queixo, pensativo. Sinan jamais daria essa resposta, principalmente se isso pudesse colocar a vida de Azul em perigo. Mas Éros não teria sossego se ao menos não tentasse descobrir.
Podia ser diferente dessa vez.
— O senhor Papa ainda está presente — disse Cora, a submissa humana ( que diferente de Cordélia, era de fato prestativa, e ficou espionando pela fresta da porta para Éros).
Éros não podia ficar escondido no gabinete para sempre. Aquilo soava... diminuto.
De qualquer forma, quando finalmente saiu do gabinete, Éros teve a esperança de não cruzar com ele... De não precisar lidar com aquilo enquanto ainda não soubesse o que fazer.
Eles não podiam se falar em público, de qualquer modo. Éros pensou que não seria estranho passar por Daniel como se não se importasse com a presença dele... mas foi.
O olhar de Daniel lhe quebrou. Ele estava parado no meio do corredor, e assim que Éros passou, suas mãos se tocaram. Éros o sentiu enlaçar o dedo no seu e segurar por alguns segundos.
Rápido demais, mas o suficiente para fazer seu coração se agitar no peito.
Assim que viu a mãe surgir no fundo do corredor, Éros afastou a mão e a colocou no bolso.