Capítulo 38: Proteção.

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Aparentemente a boate fica ainda mais lotada quando os cinco não estão, ótimo para os negócios mas péssimo para mim, mera mortal que precisa trabalhar, os drinks são servidos tão rapidamente que eu mal consigo olhar para o rosto dos clientes, Lara está se apresentando e os homens fazem uma fila para olhar a garota semi nua dançando sensualmente.

Lucca não está, mas posso jurar que se ele ver essa cena, ele pira totalmente. Lara não precisa do dinheiro, mas, talvez a adrenalina de dançar ali, seja o combustível que ela precisa.

_Oi. – Um homem de terno para bem a minha frente, me impedindo de passar com a bandeja.

_Com licença, senhor. – Tento ser gentil.

_Seu nome é Alana, correto? – O homem insiste em segurar meu braço.

Olho para os lados e encontro mais três homens, estrategicamente posicionados, Juliana está distraída flertando com um dos sócios e não olha para trás.

_Talvez eu seja, o que você quer? – Perguntei.

_Meu chefe está procurando por você. – Ele mantem a postura, sem dizer mais nada aponta a arma para mim.

Sorri.

_Uau, uma arma e um chefe, nada além disso? – Perguntei.

_Você vem por bem, ou, mal? – O homem perguntou.

_Nenhum dos dois, meu chapa! – A voz de Troy ecoou no ambiente.

_Isso não é com vocês. – O homem fala, não evito sorrir quando escuto a risada abafada de Troy.

_Parece bem da minha conta o fato de vocês terem entrado na minha boate, sem a minha autorização e estarem ameaçando uma funcionária! – Troy coloca a mão no meu ombro.

_Claro, os cinco tinham que se envolver nisso. – O homem revira os olhos.

_Saia, antes que Alec se levante da cadeira e eu precise explicar pessoalmente para o seu chefe o porque de mandar para cada dele apenas os seus cadáveres! – Troy exclamou.

—Não vai ser necessário! – O homem que estava sentado na cadeira, que eu nem havia sequer notado ali, finalmente se levanta.

—Oi Clay. – Tento não sorrir.

—Oi amor. – O ruivo responde, sorrindo malicioso.

—O que você quer? – Troy ainda parece irritado com a situação.

—Falar com você. – Clay parece bem.

Não me lembro da última vez que o vi assim, tão relaxado. O maldito ruivo teria sido o amor da minha vida, se não fossemos dois idiotas a alguns anos atrás, antes da destruição.

—Tira os seus homens de dentro da minha boate, Santoro. – A voz de Alec bem atrás de mim, me faz engolir em seco.

—Posso levar a minha garota também? – Clay pergunta.

Conheci Clay no fim do último ano do ensino médio, ele amava brigar e eu estava sempre em alguma confusão, obviamente viramos amigos e quando ele precisou colocar o próprio irmão na cadeia, eu era a pessoa certa para ajuda-lo.

—Sua garota? – Alec pergunta.

—Pensei que fosse obvio. – Clay o encara.

—Rapazes, vocês não querem uma cena, querem? – Lara surge, vestindo apenas um pequeno roupão de cetim por cima do corpo.

Ela pousa as mãos no ombro de Alec, que agora está alguns passos mais para frente, ele olha para Lara e respira fundo, sorrindo.

—Faça o que eu pedi, Clay. Alana tem um quarto lá em cima, podem conversar por lá! – Alec me olha, analisando cada respiração que eu dou.

Sei que ele provavelmente está incomodado, por dentro, me divirto com a cena dos dois se encarando como se estivessem disputando um lindo prato de comida – apesar de apenas um deles ter feito o ato – seguro a mão do ruivo a minha frente e o puxo, indo para o andar de cima rapidamente, enquanto Clay ri.

—Quando foi que começou isso? – Clay perguntou, quando fechei a porta do quarto.

—Isso? – Perguntei.

—Você e os cinco! – Clay me encara, se sentando na cama.

Sorri.

—Trabalho. – Dei de ombros, Clay gargalhou.

—Davi me procurou! – Clay exclamou.

Fechei meus olhos rapidamente, xingando Davi mentalmente ao notar o tom de Clay.

Obsessão - Homens Contra a Lei. #FamiliaHerox.Onde histórias criam vida. Descubra agora