Obsessão - Homens Contra a Lei. #FamiliaHerox.

Capítulo 39: Seus Olhos.

—Lennox tem me dado muito trabalho, ele tentou me bater na frente do Alec e bom... não acabou bem. – Confessei, me sentando ao lado do ruivo.

—Aquele puto fez o que? – Clay me encara.

—Clay. – Acaricio os fios do cabelo de Clay.

—Ninguém toca em você, amor. – Clay me olha, sorrindo.

—O que ele queria com você? – Perguntei.

—Ele me pediu para vir te fazer voltar para ele, ou, ele iria fazer por conta própria, colocando a boate dos cinco a baixo. Disse que Alec bateu nele, eu pagaria para ver isso! – Clay solta uma risada genuína.

Apesar de ter tentado ficar longe de coisas como as que Clay está envolvido, acabei apresentando ele para Davi na minha festa de aniversário do ano passado, Clay o odiou, obviamente, Davi por outro lado queria acabar com a festa desde o início, mas não fez, seus pais estavam na minha casa e Silas até fez um discurso sobre como é bom ser "meu pai", claro que Davi não irá fazer nada sem ajuda, ao menos, não contra os cinco e a lótus.

—Eu tenho evitado falar com Davi desde o pedido de casamento, tivemos uma conversa, mas ele ainda não sabe lidar com as coisas. – Dei de ombros, fingindo que isso não me incomoda.

—Você sempre teve um péssimo gosto para homens mesmo. – Clay me fez rir.

—Por isso namorei você, praga! – Exclamei.

—E me abandonou como uma maldita traidora. – Clay exclama.

—Veio mesmo me falar sobre Davi? – Analiso Clay.

—Não, na realidade eu vim te convidar para a minha festa! – Clay fala, me entregando um convite preto.

As festas de Clay são muito boas, fecho os olhos e me prendo as lembranças da adolescência.

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Estou usando um lindo vestido preto, o qual a minha querida amiga – Sara – me fez comprar para usar necessariamente hoje, segundo ela, a festa de Clay Santoro merece uma roupa especial, ela jura que seremos mais do que adolescentes bêbados.

Silas enfiou estrategicamente um spray de pimenta e um pacote de camisinhas dentro da pequena bolsa que eu carrego comigo. Entramos na casa onde a música alta, Clay está em cima da mesa rodando a própria camisa em uma das mãos, seu irmão mais novo está jogando bebida em Clay.

—Meu amor! – Clay pula de cima da mesa.

—Oi ruivo! – Exclamei, abraçando o homem a minha frente.

—O que tem aí para mim? – Clay pergunta.

—Seu presente, idiota! – Sorri.

—Grita meu nome na luta de hoje, por favor! – Clay pede, me abraçando.

Adolescentes bêbados se socando até um deles cair no chão, o que mais eu poderia querer? Sorri.

🗝️ 🚬 🫧

—Lara e Juliana irão comigo! – Avisei, abraçando Clay.

—Os pitbulls vão também? – Clay pergunta, olhando para os cinco que estão sentados um ao lado do outro, nos olhando.

—Não e não chame eles assim. – O encarei.

—Cuidado com eles, meu amor. – Clay sussurra no meu ouvido.

Silas. Claro que Clay foi visitar meu suposto pai antes de aparecer aqui, revirei os olhos e o encarei, o homem a minha frente começou a rir, negando com a cabeça.

—É sério Alana. Eles são perigosos. – Clay continua falando baixo.

—Sei me cuidar, não esquenta. – Beijo seu rosto.

—Melhor eu ir, o mais velho está planejando minha morte lenta a tempo demais! – Clay olha para Alec, que leva o copo de bebida até a boca.

—Não fale dele como se ele não estivesse notando seu olhar malicioso. – Seguro o riso.

—Eu quero a garota dele, isso é interessante. – Clay estala a língua no céu da boca.

—Não temos mais dezesseis anos Clay! – O repreendo.

—Aquela aliança nunca teria saído do seu dedo se dependesse de mim, você sabe disso! – Clay fala, me fazendo olhar para ele e negar com a cabeça.

—Éramos duas pessoas erradas, sendo erradas juntos, isso não iria dar certo nem na minha próxima vida, mas me contento com a sua amizade! – Exclamei.

—Tome cuidado e se precisar de mim, me liga. – Clay beija meu rosto e se afasta.

Assim que ele cruzou os olhos com os de Alec, acenou com a cabeça, Alec apenas o encarou, Lucca por outro lado começou a rir e saiu andando atrás de Clay, me sentei ao lado de Juliana, esperando as últimas pessoas saírem da boate.

—O que ele queria? – Dilan pergunta.

—Falar que Davi está pirando! – Exclamei.

—Eu vou matar aquele filho da puta. – Thor falou.

—Me convida, gostei de bater nele. – Alec usa seu tom mais irónico agora que me olha.

—Pessoal, se acalmem. Eu fui namorada dele durante quatro anos, acho que posso resolver isso sozinha, sem causar mais confusão e muito menos a morte dele. – Falei, olhando para eles.

—Ele não vai chegar perto de você, isso está fora de cogitação. – Thor fala.

—Eu sei lidar com ele, okay? – Encaro os olhos de Thor, ele parece prestes a tirar o chinelo do pé – que ele sequer usa – e me bater como faria com uma criança.

—Ele é perigoso, Alana. – Juliana fala.

—O que vocês acham que ele vai fazer? – Pergunto.

—Te bater, outra vez. É isso que achamos que ele vai fazer, mas a sua cabeça ainda não entendeu isso, inferno! – Lara está furiosa comigo.

Travei. Não consigo responder a ela. Minha cabeça formula que, ele só me bateu porque Alec estava junto, mas elas sabem que essa não foi a primeira vez, sabem também que nesses quatro anos, eu neguei todas as cinco outras vezes que brigamos e a mão dele fez mais do que se erguer.

—Não é possível que você não veja o quão lunático ele é. – Alec fala.

—Ele não vai me machucar. – Falo.

—Ele já te machucou, Alana! Você não consegue ver isso? – Alec perguntou, alterando o tom de voz.

—Alec isso não tem nada a ver com o que você acha. – Tento não ser grosseira.

—Somos seus amigos e não queremos você com ele, porra. – Dilan falou, irritado.

—Exato, vocês são meus amigos, além disso, também são meus pratões e eu não queria estar aqui discutindo sobre a minha vida pessoal, mas adivinhem, eu estou aqui e estou fazendo isso, indo contra todas as minhas reações possíveis, estou tendo que explicar o porque de não obedecer vocês! Entendo que não consigam ver que Davi era a pessoa que me acolhia mesmo sabendo da maioria das coisas que vocês sequer sonham, mas isso... é problema meu e eu não vou deixar vocês decidirem isso! – Bato os pés e desço as escadas da boate, voltando para o bar.