CAPÍTULO 23

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   Uma pequena multidão — Infelizmente, algumas pick me Girls estavam inclusas — se formou para ver meus dois alfas lindos disputarem para ver quem consegue ganhar mais presentes em um joguinho de tiro ao alvo. Há algumas garrafas empilhadas nas prateleiras da barraquinha à uns três metros de distância do balcão onde ficam as pequenas espingardas de plástico. Depois da primeira rodada, descobrimos que as garrafas são presas no lugar por uma espécie de imã, o que torna bastante difícil de derruba-las, mas os dois perceberam que se atirassem dois ou três tiros rápidos de forma certeira para que a força do impacto fosse maior, as garrafas finalmente iriam cair.

     O vendedor está com um sorriso amarelo no rosto enquanto ergue as garrafas caídas e coloca algumas pequenas fichas coloridas no balcão, que indicam a quantidade de vezes que eles já ganharam. Kai já ganhou 7 vezes, enquanto Tyler ganhou 5. Eu estou feliz pra caramba e não consigo parar de sorrir, comendo o meu terceiro algodão doce e bebendo minha segunda latinha de refrigerante, sem conseguir parar de olhar para meus alfas — Além de sonda-los de maneira possessiva para manter longe qualquer outro ômega que ouse se aproximar demais dos meus grandalhões alí, porque eles são MEUS.

     Quando o jogo termina, Kai está com 9 fichas e Tyler com 7. Cada ficha dá direito à um dos ursinhos de pelúcia que estão expostos nas prateleiras coloridas do outro lado, mas como não temos como andar por aí com 16 desses, os meus dois alfas entregam as fichas para o homem e dizem que querem só um dos ursos grandões — que valem 4 vitórias — o que deixa o beta dono da barraquinha feliz da vida, porque assim o prejuízo foi menor.

    — Pra você, amor. — Tyler carrega o seu urso na minha direção com um enorme sorriso convencido no rosto, como se fosse um troféu. O urso é cinza e tem quase o meu tamanho de tão grande, me fazendo desaparecer por completo debaixo do seu corpo felpudo assim que o recebo.

     — O-obrigado. — Agradeço pelo presente fofo, sentindo minhas bochechas arderem enquanto fico na ponta dos pés e dou um beijinho no seu queixo. Isso faz com que metade dos ômegas ao nosso redor soltem grunhidos de desgosto, percebendo que o roqueiro gostosão já tem alguém. Agora eles movem sua atenção para o alfa negro absurdamente lindo que ainda está recebendo seu prêmio na barraca, mas a esperança morre assim que esse também se aproxima de mim com um sorriso imenso.

     — Aqui está o meu, Baby. — Kai diz, entregando-me um gigantesco tigre de pelúcia, com listras laranjadas absurdamente vivas entre as pretas. É impossível eu conseguir carregar esses dois ursões de pelúcia, então apenas passo o braço pela cintura desse alfa lindo e dou um pulinho para beijar sua bochecha.

     — Eu amei!! — Exclamo, apesar de ainda não saber como vamos leva-los para casa, porque assim como as fotos, definitivamente vou guardar para sempre esses dois aqui. É engraçado como eles passam a mesma vibe de cada alfa que me deu. O urso cinza parece calmo como Tyler, enquanto o tigrão colorido parece exatamente como Kaic.

     — Agora nós vamos na roda gigante, Ottinho. — O moreno diz, agarrando minha mão e segurando o urso imenso debaixo do outro braço. Eu confirmo levemente com a cabeça e os deixo me conduzir em direção a roda gigante, praticamente saltitando de felicidade, embora provavelmente tenha deixado vários ômegas tristes e com inveja.

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    Os rapazes conseguiram convencer uma senhorinha que ficava responsável pela barraca onde os bilhetes são vendidos para que pudéssemos guardar os ursos grandões até a hora de irmos embora, e bastou apenas um pouquinho de charme para que ela se encantasse e dissesse que ia guarda-los lá no fundo.

     Tyler e Kai me conduzem para a roda gigante. A cabine é bastante espaçosa, mas mesmo assim acabamos espremidos em um cantinho, comigo praticamente sentados em seus colos.

     — O-obrigado por tudo, gente. T-tô amando cada segundo. — gaguejo, completamente emocionado, dando vários beijinhos alternados em seus rostos, enquanto eles passam os braços pela minha cintura. A roda gigante começa a subir vagarosamente, fazendo a gente começar a ter uma vista panorâmica de todo o parque e de boa parte da cidade.

     — Não precisa agradecer, Baby. Acha que a gente não tá amando isso tudo?! — Kai exclama, me dando um beijo estalado.

     — Isso aí, Ottinho. Além disso, trouxemos você aqui porque é um pouco mais calmo. Temos algumas coisas pra te dizer. — Tyler diz, procurando uma posição mais confortável e relaxada, ajeitando-me no seu colo.

     — Q-que coisas?

    — A primeira: nós estamos pensando em nos mudar. Tyler e eu queremos alugar outro apartamento maior para nós. Fizemos as contas e fazer isso é bem mais barato do que continuarmos pagando dois alugueis caros. — Tyler diz, fazendo eu ficar surpreso e contente ao mesmo tempo. Esses dois tem uma amizade bastante genuína, além de que com eles morando juntos, vai ser melhor para nos encontramos.

     — Isso é incrível!!

     — N-nós sabemos que aquele apartamento em que você vive foi dado pelo seu pai, mas queríamos saber se você quer morar com a gente. — Tyler diz, fazendo o meu coração acelerar um milissegundo depois.

   Morar com esses dois manés? Imagino rapidamente como seria acordar todo dia ao lado deles e passarmos nossas horas livres juntinhos... Seria simplesmente incrível!! O apartamento do meu pai é meu e eu poderei ir até lá sempre que quiser. Me apeguei àquele lugar por conta de todas as memórias boas, mas acho que está na hora de seguir em frente e focar no presente, não é? Até porquê jamais esquecerei meu velho.

     — S-seria perfeito. Mas precisaríamos de alguns meses para organizar tudo. — Respondo, mais emocionado do que tudo. Os dois rapazes soltam suspiros de felicidade, enquanto sinto uma pontada de êxtase através da nossa ligação. Eles estão tão felizes com isso que sequer consigo acreditar, até porque eu sou só... Eu.

     — Vamos fazer você o ômega vai feliz desse mundo!!! — Kai exclama.

     — vocês já fazem. — respondo, beijando seu nariz e sem conseguir conter as lágrimas.

    Tyler beija a minha nuca e retira uma caixinha do bolso do seu casaco. Eu observo com os olhos marejados enquanto ele abre a caixinha de veludo vermelho e me mostra três anéis idênticos, embora um deles seja bem menorzinho que os outros.

     — Queremos ser oficialmente seus namorados. Depois seus noivos e depois seus maridos. Os alfas que sempre estarão com você. — Ele diz, abrindo um sorriso tão lindo que me deixa mais chorão ainda.

     — V-você aceita, amor? — Kai pergunta meio sem jeito depois que fico longos segundos em silêncio, tentando lembrar de como respirar e controlar minha língua.

    — P-PRECISA PERGUNTAR, MANÉS?! — rosno, rindo e chorando ao mesmo tempo, antes de começar a beijar tanto esses dois que acho que vou infartar de tanto amor.

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DOIS ALFAS E EU (COMPLETO)Where stories live. Discover now