sem você, eu me sinto perdida.

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MACKENZIE DÍAZ

EU CORRIA pelas ruas, desamparada. Não consigo acreditar que Anthony tenha topado uma coisa dessas, mesmo estando chapado. Ele nem conhece aquela gente!

— ANTHONY! ANTHONY, POR FAVOR! — Grito, correndo mais do que consigo aguentar.

Minhas pernas já doíam, mas não vou desistir. Tenho que parar aquele carro!

Comecei a soluçar, sentindo as lágrimas descerem até meu pescoço. Tirei meus tênis e apertei o passo, tentando de tudo para ser mais rápida.

O sentimento de agonia e desespero tomando posse de mim. Esbaforida, eu continuo correndo pelas ruas, clamando seu nome, desejando encontrar o maldito carro na esquina seguinte, mas nunca está lá. Você nunca está lá.

Eu perco o ar, mas não paro de correr. Desistir de você? Jamais! Isso está fora de cogitação, e sabe por quê? Porquê você nunca desistiu de mim. Ficou comigo em todos os momentos da minha vida, mesmo não gostando muito de mim, você nunca me deixou. E eu sou tão grata por isso, Anthony. Eu quero tanto ter tempo para te dizer cada uma dessas coisas, para te agradecer por ser a minha pessoa favorita, a pessoa certa para mim.

— ANTHONY, FICA COMIGO! NÃO DESISTA DE MIM, NÃO DESISTA DA GENTE! — Grito, ao virar uma esquina e finalmente encontrar o carro, mas não do jeito que esperava.

Corro até o garoto dos fios castanhos, o tirando de toda aquela vidraceira e sangue.

Me afasto do carro destruído por um poste, e sento em uma calçada qualquer. Posiciono a cabeça de Anthony sobre minhas coxas, e acaricio o seu cabelo com minhas mãos trêmulas.

— Anthony, por favor. Acorda, meu bem, você tem que acordar. — Comprimi os lábios e fechei os olhos, antes de continuar. — Anthony, eu te amo! Tá? De verdade, eu te amo muito, eu te amo com tudo o que há em mim. Desde o primeiro momento juntos, ou seja, desde que nascemos, eu sempre te amei. Você sempre foi o amor da minha vida, a minha pessoa favorita e minha companhia predileta! Você é o Ben da minha Mal, o Harry do meu Draco, o Zed da minha Addison e o José da minha Rapunzel. — Acabo rindo, ao mencionar os personagens de nossos filmes favoritos. — Por favor, fica comigo. Você precisa ficar comigo, meu amor. Não me abandona aqui, por favor. — Encosto minha testa na dele, deixando minhas lágrimas caírem sobre seu rosto ensanguentado.

— Sem você, eu me sinto perdida. — Sussurro, antes de apagar completamente.

Acordo numa cama hospitalar. Que ótimo, parte dois! Me sento com tudo, ao lembrar do que aconteceu. Preocupada, tento me livrar dos aparelhos e saio da cama. Ao colocar os pés no chão, sinto a dor extrema me atingir e tenho que me apoiar para não cair. Além de correr mais rápido do que meus pés normalmente estão acostumados, eu acabei pisando em cacos de vidro. Não senti na hora, mas agora, puta que pariu!

— MacKenzie, você precisa ficar na cama. — Ouço a voz de Robin, e me viro.

— Robin! Cadê o Anthony? Ele está bem!? — Pergunto, aflita.

— Ele está bem, Mack. Houve uns cortes aqui e ali, uma perna quebrada, mas está melhor que os outros. — Disse, me aliviando.

— Houve mortes? — Faço a pergunta, com medo da resposta.

— Uma só. Do Kyler, ele que dirigia.

— Ele era um amigo muito próximo do Kenny. — Digo, sem pensar. — Kenny. Foi ele. Foi ele, Robin! Ele e a Max são os culpados de tudo!

— Nós sabemos, já explicamos tudo à polícia e eles confessaram. Como são de menor, passarão um tempo no reformatório. — Falou Miguel, adentrando o quarto.

— Reformatório? Meu Deus. — Sussurro, impressionada. Eles foram muito longe, dessa vez.

O que me surpreende é a Max ter aceitado isso. Ela era minha melhor amiga. Como ela pôde!?

— Ele já acordou? Posso ir vê-lo? — Pergunto, nervosa.

— Pode, vem.

Miggy se aproxima e me carrega até lá, com a desculpa de que não quer que eu ande, pelo fato dos meus pés estarem machucados. Bem machucados.

— Oi, Anthony. Trouxe uma surpresinha. — Falou Miguel, adentrando um quarto não muito longe do meu.

— Mack! — Ele exclama, animado. Sorrio com isso.

— Perguntou de você a manhã toda, Kenzie. — Sam expôs.

— Mentirosa. — Disse Anthony.

Sam e Miggy saem do quarto, nos dando privacidade. Sento em sua cama, e sorrio.

— Está bem? — Pergunto.

— Agora, eu estou. — Ele sorri.

— Que bom. E me desculpa por te bater.

— O quê?

Nem deu tempo do coitado terminar a frase, e o estapeei. Ele me olha, confuso e indignado.

— Não me olhe assim! Não me dá esse susto de novo, eu me preocupei muito, tá!?

— Eu sei. Eu ouvi tudo.

i knew you were trouble | anthony larusso!حيث تعيش القصص. اكتشف الآن