Porchay é um ômega comum de dezenove anos, de uma família perfeitamente respeitável. Ele não é o mais bonito, nem o mais inteligente, nem o mais forte dos quatro irmãos Kittisawasd. E ele realmente está bem com isso. Ele não é feio nem nada, mas par...
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Chay passou os dias seguintes pulando a cada pequeno som, com medo de que o tio Arthee tivesse descoberto sobre sua visita ao porão. E se eles notassem que alguém usou um estancador de sangue no Xeus? Porchay só podia esperar que eles pensassem que era a cura superior do Xeus em ação. Mas, à medida que três dias se passaram sem nenhum problema, Chay relaxou - o suficiente para começar a pensar em voltar.
Ele sabia que era uma loucura. Foi um milagre não ter sido pego da última vez. Ele não deveria testar o destino novamente.
Mas ele havia prometido. Sem falar que sua própria curiosidade não o deixava esquecer o Xeus. Quem era ele? Por que ele foi trancado no porão? O que seu tio queria com ele?
Ok, hora de pesquisa. Ele precisava pesquisar isso. Ou melhor, ele precisava que Kay pesquisasse para ele. Afinal, Porchay não era o irmão Kittisawasd mais inteligente. Ele gostava de pensar que era bastante inteligente, mas não tinha vergonha de admitir que seu irmão mais novo era o gênio residente.
— Por que você está interessado nisso? — Kay perguntou.
— É uma pergunta totalmente hipotética. — Disse Porchay, fazendo sua cara mais inocente.
Kay, em sua inocência preciosa, não suspeitou da sua mentira deslavada. Apesar de toda sua inteligência, Kay não era bom com pessoas. Ou lendo pessoas. Ou conversando com pessoas. Chay meio que temia a estreia de Kay na sociedade: havia poucas dúvidas de que seria um desastre, e Porchay só podia esperar que algum alfa idiota não usasse a falta de noção social de seu irmão caçula contra ele.
Kay cantarolou e começou a digitar em seu computador. — Eu normalmente diria que é impossível para um alfa Xeus transmutar para sua forma bestial sem a lua de Xeus estar cheia, mas há uma droga obscura que pode forçar um Xeus a mudar. Chama-se Querosvarin.
Chay se animou. — Você conhece uma cura?
Kay balançou a cabeça, afastando a franja marrom clara dos olhos. Fisicamente, ele era o meio termo entre Porsche e Porchay. Ele não era tão lindo quanto Porsche - ninguém era - mas Kay ainda era muito adorável. Definitivamente mais bonito do que ele. Chay ficava feliz pelo irmãozinho. Ele estava OK em ser o simples da família, e ele queria que as coisas fossem fáceis para Kay.
Porque, por mais que fosse uma droga, o valor de um ômega - para sua família - ainda estava em suas perspectivas de casamento. Porchay tinha ouvido falar que as coisas eram diferentes em Kadar, mas Lan Na ainda estava presa na idade das trevas quando se tratava de questões sociais, como os direitos ômega.
Chay esperava que seu irmão mais novo pudesse encontrar um bom par. Dito isso, todos sabiam que Porsche era o irmão que iria se casar: ele provavelmente se casaria com algum alfa rico, bonito e importante, talvez até mesmo um da alta classe da sociedade. Quanto a Porchay... Tio Arthee dizia que Chay teria sorte se recebesse qualquer oferta de casamento.
