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Chay voltou para casa se sentindo muito mais deprimido e exausto do que a situação provavelmente exigia. Não ajudou em nada o fato que ele passou meia hora apagando os registros de vôo da memória interna do carro aéreo, para depois usar um neutralizador de odores por toda parte para eliminar até mesmo o menor indício do cheiro do Xeus.

Embora seu tio não tivesse as chaves do carro aéreo, Porchay não queria deixar nada ao acaso. Ele queria que seu Xeus ficasse em relativa segurança, onde quer que fosse... Isso se houvesse um lugar seguro para um Xeus feral.

— Não é mais da sua conta. — Chay murmurou, tentando se convencer disso, mas a ansiedade sob sua pele não desapareceu.

A casa estava silenciosa, mas em vez de acalmá-lo, isso só o deixou mais ansioso. Parecia o silêncio antes da tempestade.

Depois de apagar as impressões digitais das chaves do tio e guardá-las de volta, Chay voltou para o próprio quarto. Ele subiu na cama e fechou os olhos, desejando adormecer. Seria um longo dia amanhã. Quando a fuga do Xeus fosse descoberta, ele precisaria ser o mais ligeiro possível para convencer o tio de sua inocência.

Ele precisava parar de se preocupar e dormir.

Mas não importava o quanto ele tentasse afastar as preocupações, elas continuavam voltando para sua mente. A verdade era que, em sua sociedade, os alfas Xeus eram desprezados. Eles eram uma raça em extinção, um retrocesso ao passado primitivo de sua espécie. Eles eram considerados muito irracionais e francamente perigosos quando transformados.

Um Xeus selvagem transformado fora da lua cheia seria considerado uma abominação perigosa, as pessoas seriam compelidas a abatê-lo e depois alegariam legítima defesa. Ninguém deixaria um alfa Xeus feroz correr solto. Mais cedo ou mais tarde, ele seria capturado. A questão era se ele seria capturado pelos bandidos ou pelos mocinhos.

Porchay se sentou em sua cama, sua mente correndo. Então ele rapidamente deixou seu quarto e disparou para o de Kay. Como esperado, seu irmão mais novo não estava dormindo. Ele raramente dormia à noite, em vez disso ficava fazendo algo geeky em seu computador.

— Preciso da sua ajuda. — Disse Chay, fechando a porta.

***

A manhã chegou cedo demais para o gosto de Porchay. Ele mal conseguia parar de bocejar enquanto estava ao lado de Porsche e Kay enquanto seu tio passeava pela sala agitadamente.

— E você tem certeza de que não viu nada? — Perguntou tio Arthee.

Porsche deu a ele um sorriso confuso. — Não tenho certeza do que deveríamos ter visto, tio. Achei que não havia nada de valor no porão... Alguma coisa foi roubada?

Às vezes Chay realmente invejava o quão bem Porsche conseguia mentir quando queria. Seu cheiro não o traiu de forma alguma, permanecendo estável, com um toque de confusão. Chay nunca foi um mentiroso tão bom, mas felizmente seus supressores faziam seu cheiro praticamente desaparecer, o que tornava sua leitura difícil.

Feral - KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora