Rafaella
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Estava pronta, definitivamente pronta para descobrir a verdade.Era só um segredo do passo e como Gizelly disse, não ia mudar minha vida de maneira nenhuma.
Pausei meus pensamentos quando o portão se abriu e vi uma moça aparecer.
Aquela não era minha mãe.- Olá, boa tarde. O que deseja?
A pergunta me fez travar.
- Eu queria falar com a Genilda, este é o endereço dela.- respondi agitada, passando minhas mãos várias vezes contra minha roupa, vendo Gizelly franzir o cenho para mim ainda escorada no carro.
Eu pedi que ela ficasse longe, pois não queria que minha mãe achasse que eu estava a atacando.
- Ela não mora mais aqui. Genilda alugava essa casa, mas se mudou há algum tempo.-
A moça disse, fazendo meu corpo inteiro travar.- Sabe me informar se ela ainda mora na cidade?.- Indaguei nervosa.
Como assim?
O que eu faria agora?
- Sim, ela mora aqui. Trabalha na livraria local.- Informou de modo tagarela e sem se preocupar com quem eu era e qual era o meu objetivo com todas aquelas perguntas.
- Pode me passar o endereço?.- Perguntei preocupada por não conseguir encontrar a mulher na cidade.
A moça me passou o endereço do trabalho de Genilda e encarei o celular entre meus dedos com fixação. Vi o portão se fechar quando agradeci a mulher pelo endereço da minha mãe, ficando sozinha novamente.
Escutei passos ás minhas costas e me virei encontrando Gizelly parada na minha frente.
- E ai? Ela não estava?.- Inquiriu com a mão pousando minha cintura, encarando o endereço que escrevi no celular.
- Ela não mora mais aqui.- Respondi agitada. – Está trabalhando neste local a moça me disse.
- Então vamos lá.
Gizelly era decidida ao dizer aquilo, mas meus pés estavam fincados no chão, impedindo-me de me mover.
Não, e se for um sinal?
E se aquilo me impedir de só me decepcionar ainda mais com a minha família?
Gostava de encarar tudo que aconteceu com a ideia de que era apenas passado.
Porém, sabia que se algo saísse mais errado do que imaginava, não iria conseguir impedir de algo em mim se quebrar.
- Eu não sei se quero ir.- Falei, fazendo-a me encarar curiosa.
- Como assim?.- Ela questionou.
Comecei a me sentir mal, pois Gizelly viajou quilômetros e mais quilômetros para estar aqui comigo e eu simplesmente comecei a ter uma crise, ameaçando a desistir de tudo.Não parecia justo com ela.
- Desculpe, estou confusa. E se for um sinal para não ver minha mãe?.- Cobri meus olhos com as mãos, não querendo ver sua reação.
Senti seus dedos em torno das minhas mãos, afastando-as do meu rosto.
- Olha pra mim.- Pediu vendo-me de olhos fechados.
Parecia criança, mas sentia que estava desperdiçando o tempo de Gizelly por causa da minha família problemática.
- Rafa.- Repreendeu e finalmente a encarei.
- Sim?.- Indaguei ansiosa para saber o que ela queria despejar sobre mim.
- Não precisa ter medo.- Gizelly fala com uma confiança inabalável. – Eu vou estar do seu lado, com a mão contra a sua e iremos saber de tudo que estar escondido, nós duas juntas. Se for demais e voce desmoronar, eu prometo segurar voce.
BẠN ĐANG ĐỌC
MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)
FanfictionGizelly Bicalho é uma CEO, mãe de uma menina de 5 anos e ex-canalha, pois desde que a pequena Sofia chegou em sua vida, tudo mudou. Ela vive para a filha, e apesar de saber que ela poderia ter outra figura feminina ao seu lado, não está disposta a...