Capitulo 32

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Gizelly
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Abri a porta do carro e Sofia correu em direção á Rafa, abraçando as pernas da minha namorada com firmeza. Ela começou a tagarelar assim que viu e Rafa se abaixou para conversarem melhor.

Há dois dias a escola dela solicitou a liberação para uma viagem acompanhada á cidade vizinha da nossa e com muita persistência, consegui convencer a Rafaella a deixar minha filha ir nessa viagem, mas confesso que deixei os supervisores loucos por dois dias com tantas mensagens e Rafaella deixou de sobreaviso que se algo acontecesse com a Sofia ela iria processar a escola.

- Oie minha princesa, que saudade do’ cê.- Ela beijou o rosto de Sofia, pegando-a nos braços.

- Também senti saudade, tia. Sabia que eu aprendi a lutar?.- Rafa arregalou os olhos. - Tinha professor de lutação.
Rimos ao entrar no carro.

- Judô, Sosô.- Corrigi.

- Isso mamãe, lutação.- Rebateu alegre. - mamãe eu quase peguei o nemo. Mas ele é muito rapidão.

Logo ela se distraiu, contando as histórias no banco de trás.

Dirigi em direção á fazenda dos Fernandes e parei na entrada, deixando o carro ali enquanto nos aproximávamos da porteira.
Quatro semanas se passaram desde o jantar constrangedor com a família de Rafaella e as coisas continuavam bem. Tirando  o fato de que Tato bancou o ciumento para cima de mim, estava tudo tranquilo.

Ele não era muito amigável e não perdia a chance de me alfinetar, ou quando isso não acontecia, ele usava a arma mais antiga, ignorar uma pessoa.

Com a situação de Renato todo ranziza com a irmã, ela acabou adiando o fatro de que precisava contar a ele sobre os pais.
E eu sabia que ela estava agoniada com o fato de guardar uma coisa tão importante do irmão.

Rafaella também estava finalizando o período de estágio na empresa, junto com Caon e me ofereci para ajudar depois. Mesmo que Bianca tivesse aceitado a proposta de dispor consultoria para Rafaella nos primeiros meses, quis que ela soubesse que eu também poderia ajudar.

- Tato tá ai?.- Perguntei, segurando a cintura da minha namorada com a mão livre enquanto minha filha estava nos meus braços.
Ela riu.

- Sim, ele não foi trabalhar hoje, tá meio adoentado.

A noticia me agradou e aquilo era meio filho da puta, eu sei. Afinal meu cunhado estava doente. Porém, ele doente não era capaz de me perturbar.

Entramos na casa e Sofia saiu correndo em direção aos fundos do local, chamando pela avó de Rafa, que comemorou sua chegada, pegando-a nos braços.

Rafaella sorriu e se sentou ao redor da mesa de almoço.

O vento de fim de tarde bateu contra meu rosto e me fez suspirar.

- Ah, Sosô você chegou!.- Dona Margareth exclamou, colocando minha filha no chão e segurando seu rosto com carinho.

- Sim, bisa, eu cheguei. Sabe que eu aprendi a lutar? Fiz aula de lutação.

Bati na minha cabeça com o erro de Sofia, e Rafaella riu, achando graça do erro da minha filha e do meu drama.

- É judô meu amor.- Rafa a corrigiu.

- Isso, bisa. Eu fiz aula disso ai.- Disse fazendo todas nós rirmos.

Dona Margareth se levantou, indicando que Sofia lavasse as mãos para comer bolo conosco e logo ela se sentou á mesa, falando sobre os momentos na viagem da escola.

Ouvi passos ás nossas costas e me virei, vendo Renato com uma expressão fechada de quem não gostava nada de ver aquilo tudo.

Ele tinha uma expressão cansado de quem realmente estava doente, mas ainda era um cara enorme e eu sabia que ele não era muito calmo.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now