Capitulo 33

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Rafaella
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Eu estava sentada na sala de espera do hospital há horas e a cada movimento em uma das portas, algo despertava dentro de mim, pensando ser Gizelly.

O médico informou que o acidente não teve grandes ferimentos e que foi apenas um susto. Apesar de estar desacordada, Gizelly não havia sofrido lesões maiores.

Minha sogra foi para fazenda, para estar lá quando Sofia acordasse, afinal o local era desconhecido para ela.

Eu me afastei quando Renato tocou meu ombro em sinal de conforto, pois não queria seu apoio naquele momento. Precisava dele desde que anunciei que estava namorando com uma mulher legal e que eu amava.

Não queria seu apoio só porque meu mundo desmoronou e eu tinha medo de perder ela.
Naquele momento aquilo não me servia da nada.

- Eu sinto muito.. me sinto culpado pelo que aconteceu.- Falou como se me pedisse desculpas naquele momento fosse uma coisa muito fácil.

Eu o encarei irritada.

- Ela estava na estrada e na chuva por causa do que eu falei e…

- É, você tem culpa!.- Fui maldosa. - Voce não entende que não queremos seu mal? Ela não fala nada porque te considera um amigo, Renato. Eu não falo nada porque eu te amo e você é meu irmão. E eu tenho esperança de que uma hora ou outra você vai parar de ser esse grande babaca que você tá sendo.

- Eu sinto muito… de verdade! Não sei o que está acontecendo. Sei que...- Inspirou fundo.

- Sei que você é a mulher da vida dela.
Arqueei a sobrancelha.

- Ela te ama desde que eram pequenas e isso era tão ridiculamente claro que não sei como passaram tanto tempo sem perceber.
Encolhi os ombros.

- Acho que meu amor por Gizelly é a última coisa que deveriamos estar falando agora, irmão.- Encaro o rosto bonito de Tato, desejando muito ver o garoto que brincou comigo a infância inteira. - O que está acontecendo com você, Tato? Você não é assim..

- Eu não quero falar sobre isso.
Sorri ao ouvi-lo dizer.

- Tudo bem, mas se um dia eu for embora e nunca mais olhar na sua cara, não me culpe. Eu te amo, muito, porém amo ainda mais a Gizelly. E parece que você não se preocupa com o fato de eu estar bem e querermos o seu bem.- Insfirei fundo, calando-me no instante em que a porta de emergência abriu e um médico passou por ela, aproximando-se de nós.

Franzi o cenho ao vê-lo retirar as luvas e sorrir em minha direção.

- Está tudo sob controle.

No instante em que ele disse aquilo, deixei escapar um suspiro de alivio entre meus lábios, aliviando um peso enorme em meu peito.

- Desculpe a falta de noticias, o hospital está uma correria enorme, mas a paciente, Gizelly Bicalho está descansando. Foi enfaixado o braço que acabou tendo uma fratura. Fique tranquila menina, ela vai sair dessa.
Sorri.

- Obrigada doutor…- Sorri amarelo, pois não sabia o nome dele.

- Paulo. Doutor Paulo rs.- Ele disse sorrindo gentil.

- Posso vê-la?

- Agora mesmo se desejar. Pode seguir por aqui, segunda porta direita.

Agradeci, ele se afastou e eu me levantei disposta a ir ver como minha namorada estava.

- Rafaella..

Eu me virei, arqueando a sobrancelha para meu irmão.

- Eu sinto muito.- Completou, e sorri de lado.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now