Capítulo 20: Eu dormi na praça 🎶

133 22 59
                                    

— Rebecca! Giovanni! Por favor, me perdoem! Eu esqueci de avisar que a porta não abre pelo lado de dentro! — a mãe de Deisy levou as mãos à cabeça.

— A senhora está perdoada. — disse Gio, levantando-se.

— Nem foi ruim o tempo que passamos aqui. — completou Beck.

Com os itens em mãos, os três saíram dali e voltaram para o salão.

— Beck! Gio! — Trig e Sara gritaram ao vê-los — O que houve com vocês?

O casal de pombinhos juntou-se ao grupo que contava também com Deisy e Ariane.

— Ficamos presos no andar de baixo. — explicou Beck.

— O que foram fazer lá? — indagou Ariane, em tom jocoso.

— Buscar as coisas que a mãe da Deisy precisava. — Gio informou.

— Sinto muito! — falou Deisy.

— Não foi nada demais! — Beck deu um tapa no ar.

— Ainda bem que o Gio estava lá para protegê-la. — replicou Sara, levantando as sobrancelhas repetidamente.

Para mudar de assunto, Beck falou:

— Estou morrendo de fome!

Os amigos riram e foram para uma mesa. O aniversário seguiu normalmente, e todos se divertiram bastante. Deisy estava radiante!

Ao fim da noite, Beck seguiu com Gio para o carro dele.

— Gio, eu não quero que esta noite acabe! — ela fez bico.

— Acho que sei como ela pode durar mais... Avise sua mãe!

Beck sorriu e tirou o celular da bolsa. Ligou para a mãe e disse que não sabia a que horas iria chegar, mas que estava com Gio. Dona Érica apenas recomendou que tivessem juízo, pois Deus estava vendo tudo que eles faziam.

Gio igualmente avisou o pai, a fim de que não o esperasse acordado.

Beck e Gio saíram do condomínio e foram para a Praça Izabel Cury. Assim como o restante da cidade, o local estava em clima de Natal. Era 4 de Dezembro e as pessoas poderiam admirar a decoração por mais cinco semanas.

A Praça era muito bem cuidada, possuía jardins floridos e uma graciosa fonte central. Para as festas, foram acrescentados uma árvore de Natal, um Presépio e um Balão completamente iluminado. Essas atrações só não eram maiores que a felicidade de Beck e Gio.

Gio estacionou e eles caminharam de mãos dadas em direção ao Balão. Havia um número considerável de pessoas tirando fotos e aproveitando o sábado.

— Por que você não vai até lá para eu tirar uma foto? — Gio pediu — Preciso de um novo papel de parede.

Beck entrou na fila. Alguns minutos mais tarde, Gio fez o clique.

— E então? Fiquei bonita? — indagou ela, abraçando a cintura dele.

— Você sempre está bonita.

— Exceto quando acordo.

— Acho que ninguém é bonito ao acordar!

— Me mande uma foto sua e descobriremos.

— Vamos deixar isso para quando já estivermos namorando há algum tempo. Eu não quero que você perca o encanto na primeira semana.

Eles riram e foram sentar-se em um banco. Ficaram abraçados olhando as luzes e as pessoas indo de uma direção à outra.

— Você precisa ir à minha casa pedir a minha mão.

— Não tenha dúvidas que farei isso. Pergunte à sua mãe o dia que ela prefere.

— Não é para ela que você tem que pedir! É para o Gigante. Você e ele têm uma rixa mal resolvida desde o dia no Amantikir. Pensa que ele esqueceu que você ameaçou chutá-lo? Sempre que falamos o seu nome, ele fica emburrado e não deixa eu fazer carinho. Está morrendo de ciúmes.

Gio caiu na gargalhada.

— Vou ter que fazer as pazes com um cachorro?

— Ele é um pouco temperamental...

— Assim como a dona. — Gio completou.

— OK, você tem razão. Mas é um pet muito fiel. Lembra como ele não pensou duas vezes em me defender?

— E depois saiu correndo.

— Isso a gente releva... o que vale é a intenção inicial.

— Então deixa eu ver se entendi: Quando eu for à sua casa, devo levar flores para a sua mãe e um ossinho para o seu cachorro. Correto?

— Com relação à minha mãe, ela vai preferir chocolates. — Beck riu.

— Fiquei sabendo que ela se tornou fã dos meus bombons de chocolate ao leite trufados.

— E quem não se tornaria? — Beck sorriu — Você me ensina a fazer bombons?

— Jura? — os olhos dele brilharam — Eu vou adorar fazer chocolates com você!

Eles continuaram conversando sobre amenidades e fazendo piadas bobas. Por estarem apaixonados, tudo que o outro dizia parecia engraçado. Quando se deram conta, eram 2h da manhã e a praça estava vazia.


Estou bem e não estou pecando. Não se preocupe.

Bjs


Beck mandou essa mensagem à mãe e guardou o celular na bolsa.

— Gio, eu ainda não quero ir embora! Não quero me despedir de você! — Beck cruzou os braços.

— Para quem me detestava...

— Nem me lembre disso. Agora eu fico até triste.

— Não precisa ficar triste. É a nossa história. Por mais que tenha começado de uma maneira conturbada, — ele riu — o importante é o que Deus fez depois. Na verdade, quando penso em tudo que aconteceu, acho muito engraçado.

— Acha engraçado ter caído no lago?

— Você caiu também. Estamos quites.

Ela riu.

— Tudo bem, meu grude. Já sei o que vamos fazer. — Gio declarou.

— O quê?

— Você vai dormir um pouco e eu vou ficar acordado para afugentar qualquer psicopata que apareça. Às 6h, iremos ao café da avenida, e então seguiremos para a Escola Bíblica. O que acha?

— Perfeito!

Beck fez o peito de Gio de "travesseiro" e pegou no sono enquanto recebia cafuné.

BECK & GIO: IMPLICÂNCIA À PRIMEIRA VISTA (concluída)Where stories live. Discover now