A I D A N

27

Após limpar todo o quarto eu me permito encostar na parede e fechar os olhos devagar, tentando digerir tudo o que aconteceu.

Mas logo balanço a cabeça, precisava começar a evitar pensar em tudo o que está acontecendo, evitava mais sofrimento.

Saio do quarto e sigo para a cozinha e me preparar para fazer seu almoço. Aproveito para limpar a sala e observá-la melhor, tudo era escuro e rústico como na sua casa, a diferença é que onde ficava a tv, havia vários livros ao redor, curiosa eu me aproximo sutilmente, mas não sem antes olhar ao redor procurando o olhar assassino do Sr Deklan.

Havia diversos tipos de livros, vários sobre direitos civis mas havia alguns de romance o que logo me chamou atenção, eram alguns de Jane Austen.

– O que quer aí? – A voz do meu tio surge e eu logo largo o livro, Sanditon.
– Estava vendo os livros, senhor. – Respondo me afastando logo e praticamente corro até a cozinha.
– Estava decidindo o seu próximo roubo? – Ele gargalha caminhando até mim.
Balanço a cabeça em sinal negativo e o coração começando a ficar acelerado.
– Não senhor, desculpe. – Me desculpo logo, antes que ele chegue até mim. E viro-me em direção ao fogão, mexendo a comida.
– Certo. Tenho uma reunião após o almoço, termine logo. – Diz, eu assinto a cabeça e murmuro um sim senhor e apresso-me para terminar.
– Mas quero algo antes. – Sinto suas mãos na minha cintura, como ele chegou aqui tão rápido? Ele me afasta do fogão e me inclina sob o balcão da pia, sua mão pousa sobre minhas costas e logo sinto a outra levantar a saia da minha roupa em seguida minha calcinha sendo afastada para o lado.
Seguro a respiração e fecho os olhos devagar quando sinto Sr Deklan passar a glande na minha intimidade, em seguida empurra para dentro até eu sentir sua virilha bater na minha bunda.

– Aguente todo. – Ele diz, mas ambos já sabíamos que ele estava completamente dentro e fundo. Solto um suspiro trêmulo me sentindo preenchida a cada vez que seu quadril bate com força.
– Oh! – Ele solta um gemido aumentando a velocidade. Mordo meus lábios tentando controlar a vontade irresistível de gemer, Sr Deklan me faz dá um salto assim que sua mão me dá um tapa em seguida a mesma circula meu pescoço, minha intimidade pulsa e parece que minha mente vai distante, eu estava tendo outro orgasmo, aperto os olhos e acabo soltando um gemido junto com ele.

Seus movimentos vão ficando lentos até ele parar de se movimentar e sair de dentro de mim. Sinto meu rosto esquentar, será que ele percebeu que eu também gozei? E que gozamos juntos?

Escuto ele voltar a se recompor e vestir sua calça, me afasto da pia e lembro que a comida está no folgo, um dor de cólica surge assim que dou o primeiro passo. Fico calada e pego na colher, mexo a comida e apago o fogo. Será que ele colocou camisinha?
Olho ao redor procurando algum vestígio, mas assim que olho o chão eu tenho que certeza que ele não usou, havia vários pingos de sémen que com toda certeza estava saindo de dentro de mim. Corro ao banheiro da cozinha e limpo minhas pernas. Preciso servir seu almoço.

Após o servir, afasto-me e observo a vista, havia tantos prédios, estava um dia chuvoso, mas eu já tinha visto em algum lugar que o clima aqui era sempre assim. Gostaria de algum dia passear por estas ruas mas eu sabia que isso jamais seria possível, não com o gosto de liberdade que eu tanto sonhava.

Volto a realidade quando minha barriga ronca de fome. Olho para o homem sentado à mesa, mexendo o celular e comendo, ainda bem que ele parecia não ter escutado, não queria incomoda-lo com qualquer som emitido por mim, ainda mais depois do que aconteceu agora a pouco, eu não deveria ter sentido prazer, é errado.
Desvio o olhar novamente para a vista, agora várias gotas de água começando a cair e escorriam pelo vidro. Comparando com a pequena janela no alto, isso aqui era o paraíso das janelas.

O barulho de cadeira sendo arrastada me acorda, vou até a mesa e recolho seu prato. Ele caminha até a sala e pega uma pasta, estava de saída.

– Senhor? – O chamo e me aproximo com medo.
Ele franze as sobrancelhas assim que vira-se para mim.
– Posso ler alguns livros? Da sua instante? – Pergunto baixo, eu esperava um não como resposta, mas precisava saber.
– Qual você quer? – Ele indaga começando a vir até mim.
– Sanditon, Jane Austen, Senhor. – Respondo, ele iria deixar?
– Certo. – Ele responde e vira as costas.

A I D A N

– Espera, você a fodeu? – Carter me pergunta e eu fico sem saber como responder e de repente me sinto irritado.
– Sim – Respondo seco me questionando se eu deveria mesmo ter contado. Ele logo desconfiou quando o disse que estou em Londres a dois dias e que em nenhuma das noite eu havia o chamado para alguma boate.
– Porque você não parece feliz? – Questiona, ele já estava querendo saber demais para o meu gosto. – Não foi bom? – com mais uma pergunta.
– Ela aguentou cada centímetro... não me pediu para parar e nem ao menos tentou me empurrar. – Solto, encostando-me na cadeira.
– Está falando sério? – Concordo com a cabeça.
– E pior, ela teve orgasmos. – Revelo o que não sai da minha cabeça desde a noite de ontem e agora de manhã, nos gozamos juntos.

Achava que isso a faria sofrer, pararia de fingir, mas parece que depois disso, ela apenas se tornou mais submissa e entregue, não questiona e apenas me obedece, não fazia sentido.

– Ela não era Virgem? – Carter me questiona confuso e começa a me mandar aquele olhar de que está notando algo errado. – Ela não tem 17 anos?
– Não e sim, ela não era virgem e sim, ela tem 17 anos, fez há alguns meses. – Tiro sua dúvida e começo a me questionar um fato que eu havia esquecido, a sua postura enquanto transávamos me fez ter certeza, e talvez o sangue presente no meu pau quando acabei e fui me banhar seja a prova de que ela não era virgem, mas que com certeza não havia recebido um pau tão grande quanto o meu.

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